terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O que tem o jovem de tão Importante...

Na academia presenciamos constantemente o dilema do jovem em relação ao direcionamento do seu estudo, principalmente quando está inserido dentro de matérias relacionadas à educação. Sentimos que os professores, dentro das suas respectivas correntes de raciocínio e métodos educacionais, procuram aliciar para suas aréas de pesquisa, aqueles que segundo suas observações, se identificam com sua linha de estudo pedagógico. O que Eles não entendem, é que, nem sempre suas observações estão compatíveis com as expectativas do jovem estudante, e que a partir do momento do primeiro contado, as vezes, passam a colocar em cheque as ideias e o pensamento produtivo do jovem estudante, pois esse passa a duvidar daquilo que sua mente produz quanto jovem académico (levando-se em consideração que, a partir do momento do ingresso na academia o jovem é um académico). A insegurança causada pela mudança de pensamento ocorrida no decorrer dos semestres, a incerteza e quebra de dogmas que se trás desde a juventude, devido a formação diferenciada do que se encontra dentro das universidades, ( digo isso por sentir na pele essa desdogmatização, quando mantive contato com Gadotti, Arruda, Paulo freire, Etc.), evidencia esses dilemas, e as vezes os jovens passam a viver em decorrência dessas correntes que se entranham em seus ideais de formação e produtividade, passando a esquecer-se do que é realmente importante, que é a produção individual, a produção do estudante, a floração e desabrochar de novos e diferentes pensamentos, que mostrem novos caminhos e novas possibilidades.
As vezes na sala de aula, fico a observar o desenrolar de discussões a respeito de temas polémicos relacionados à educação, e sinto que alguns jovens,se prendem a ideias que não são suas, ideias que as vezes, a poucos dias ou mesmo na ultima aula da matéria em discussão, foram implantadas ou ditas pelo professor, ou mesmo fora sugerida uma leitura, e o jovem passa a defender a ideia como se fosse sua, e passa a abertamente defender e sugerir linha de pensamentos e direcionamentos educacionais ou de formação de educadores já pré discutidas, e deixam de lado a linha de reflexão pessoal. O que acontece é que não sentimos dentro da discussão a presença da ideia pessoal do jovem, e mesmo os mais velhos, que já tem opinião mais firme, se sentem coagidos e podados em relação a produção do pensamento pedagógico, o pensamento produtivo, o pensamento que realmente interessa do ponto de vista educacional.
Não estou opinando ou discutindo o certo ou errado do que acontece em sala de aula, ou na formação do pensamento pedagógico do jovem estudante. Estou postando uma opinião dentro daquilo que vejo acontecer, segundo minhas observações. Outro dia, em um seminário que acontecia em nossa cidade relacionado às novas tecnologias dentro do âmbito educacional, quando dirigi a pergunta ao palestrante, Professor Marco Silva http://videolog.uol.com.br/marcoparangole, sobre o porque do não aproveitamento dos jogo para computador, educacionais, como Age Impires, Civilization, Joana D'Arque, etc., entre outros, para se evitar a evasão escolar, percebi em relação ao auditório que, sem medo de errar, 100% dos presentes não sabiam do que estava sendo posto na discussão, e olha que se tratava de um seminário para professores e universitários. O que acontece é que, quando me desloco da minha residência ao prédio onde funciona a UNEB, vejo nas Lans que existem no trajeto, jovens uniformizados que deveriam estar em sala de aula, lotando estes estabelecimentos a procura do atual, a procura da net, a procura dos jogos, a procura da novidade e do que atrai, e que não é oferecida nas escolas da rede pública. O que tentei jogar na discussão, estava relacionado a possibilidade de se trazer à escola o que o jovem acha fora dela, dentro de limites educacionais cabíveis. O professor deveria se permitir mais e mais profundamente, conhecer e estender seus conhecimentos em relação às novas tecnologias dentro do âmbito educacional. Não tem como haver um retrocesso em relação às novas tecnologias. O futuro educacional está diretamente ligado ao desenvolvimento de métodos que integrem tecnologias novas e sala de aula. Fiquei faliz quando o professor Marco colocou que o ensino online tem características diferentes do ensino a distância, pois um chat com um numero de alunos correspondente a uma sala de aula, possibilita a discussão e desenvolvimento de temas, onde se propicia a produção do pensamento do aluno e professor gerando a intercambialidade e intercomunicabilidade.
Acho que num periódo curto de tempo, apesar da resistência, veremos uma mudança radical no método de ensino, e vejo isso com olhos esperançosos e certos que, com o acesso a um maior numero de informação e a possibilidade de discussão, ao vivo, com pessoas de diferentes regiões, percebendo-se que isso realmente propicia diferentes maneiras de formação e entendimento, a absorção do jovem em referência a temas discutidos, a pesquisas, a estudos e leituras, vão leva-lo a um desabrochar intelectual, onde será valorizado a produção individual do aluno, pois, se não houver uma concientização do educador em relação às novas tecnologias dentro da educação, logo logo, Ele não mais acompanhará a velocidade com que o jovem irá absorver informações e digeri-las.

Um comentário:

Luabreu disse...

Concordo com você. As pessoas pegam as idéias desses pensadores, não estou dizendo que eles não mereçam respeito pelo que pensam, e começam a defender como se eles fossem os donos da verdade, Mas abismada fico com os professores que não aceitam quando o aluno põe em dúvida uma ou outra idéia. Tomo com exemplo as idéias de Emíla Ferrero, que aqui no meu estado nos fizeram engolir güela abaixo. Quando eu descordava de alguns pontos me chamavam de retrógrada.O resultado está aqui para quem quiser ver, o que nos levou o construtivismo.Sou a favor dos jogos, da discussão, do respeito do falar e do pensar em sala de aula. Não fiz grandes coisas em minha vida, mas de uma coisa me orgulho eu soube ouvir e respeitar os meus alunos e nunca me pus como a dona da verdade. Você será um grande educador.