quarta-feira, 15 de julho de 2009

Então cheguei no momento em que amigos criticavam a importância dada pela midia a morte de Michael Jackson, e pensei, realmente é muito chato o veiculação constante da noticia de sua morte, mas isso não descredencia o merecimento. Artistas, alguns artistas, são predestinados e têm o dom de influenciar.
Na década de sessenta, foi assim com os Beatles, que conseguiram ditar costumes e mudar a atitude de toda uma geração. E hoje, nós os educadores, estudamos a importância pedagogica dessas influências, e das mudanças sociais que foram incrementadas e surgiram nos contextos, quer socias, educativos ou comunitários, e discorremos sobre as importantes reações sociologicas que ergueram-se entre os homens em todo o mundo em decorrencia da arte e atitude da banda.
Elves, Roberto, Senna, Pelé, e muitos outros artistas, dentro das suas respectivas atuações decorrentes de sua arte, influenciaram milhares de jovens, e esses milhares por si, mudaram o modo de agir e construir de suas comunidades, e o conjunto dessas mudanças, puderam ser percebidas nas sociewdades em todo o mundo.
Esses artistas da vida, no meu entender, são muito mais importantes que Marx e muitos outros teóricos que são discutidos dentro das academias, pois, impuseram mudanças mais significativas às sociedades onde conseguiram difundir sua arte. E isso que digo tem lógica, vejam bem; se sair-mos às ruas e perguntarmos com alguns nomes relacionados as pessoas comuns (POIS SEGUNDO MEU COLEGA DE UNIVERSIDADE, MARX É PARA PRIVILEGIADOS) e conste nessa relação, nomes de artistas, esportistas e teoricos, quais desses nomes acha vôcê que os comuns vão relacionar que conhecem? que admiram? que gostariam de seguir suas tendências?...claro que os artistas e esportistas vão ter quase que exclusividade nas escolhas.
Não consigo relacionar mudanças significativas nas sociedades propiciadas pelos textos de Marx, e digo isso, porque em embate com um aluno simpatizante dessa corrente, que não foi por Ele criada, realmente não consegui visualizar ou vislumbrar tais mudanças...o capitalismo está aí, mais dilacerante que numca... as comunidades agem diuturnamente em conformidade com as necessidades decorrentes do processo de evolução da humanidade, das necessidades de subsistência, das necessidades educativas, tão necessárias ao processo de ascender socialmente e financeiramente. Agora, se você me perguntar, que mudanças foram propiciadas pelos artistas relacionados, dentro das conjunturas das sociedades onde conseguiram atuar e expor a lógica e beleza a que se propunham artisticamente, eu não teria como relacioná-las. Assim sendo, merecem a comoção que suas mortes causam nas sociedades onde se fizeram conhecidos, e atuaram. A maioria desses artistas, desenvolvem ou desenvolveram grandes feitos sociais, principalmente, relacionados às ONG's, coisa que as pessoas estudiosas de sistemas políticos, os sinpatizantes de ideologias, não conseguem. Não se envolvem com nada que se prenda a produtividade (trabalho), e preparam-se a vida escolar inteira (universidade), para ocuparem cargos que são oferecidos nesses espaços, sabe como é...Emgraçado...realmente conseguem, duvivam?...Vão nessas "ONG's", aqui em nossa Cidade mesmo e verifiquem quem são as pessoas que trabalham lá.
Sou a favor dos artistas sim senhor!...agora, temos que entender, que existem alguns artistas frustrados, que se apegam tambem a essas ideologias e não crescem, a sendo assim, pouco fazem pelo social. Enrabicham-se a essas pessoas e se apagam...NÂO ENTENDEM QUE LEVAR ENTRETENIMENTO AS PESSOAS E COMUNIDADES, AOS POBRES OU RICOS, AOS SÁBIOS OU SINGELOS, é onde está a consepção do verdadeiro artista, ser do povo, e não de correntes. Vejam onde chegaram Gil e Caetano, suas mensagens estão imbuidas de verdades cotidianas, de políticas cotidianas, de amores, miséria, fome, honra e desonra, tudo cotidianamente falando a linguagem dos sábios, a linguagem do povo.
Um forte exemplo disso, está agora acontecendo com o movimento encabeçado pela Cristiane Torlone, o "AMAZÕNIA PARA SEMPRE", é um movimento grandioso em todos os seus aspectos, que teorico conseguiu até hoje emcabeçar um movimento desses?...
SOARES.

terça-feira, 21 de abril de 2009

POLÍTICAS PÚBLICAS - Um Entendimento

Após o desenvolvimento de tema para debate sobre Políticas Públicas em sala de aula, foi questionado pela discente, sobre qual o entendimento pessoal ou conhecimento produzido em relação às PP, chegam os alunos em decorrência do debate e exposição dos assuntos que dispúnhamos. Passei então a leituras de trabalhos e pesquisas postas na NET, em busca de informações, para que me propiciasse um entendimento mais esclarecedor com relação às PP, o que despertou em mim a importância da relevante ligação dos fatores e conseqüências sociais decorrentes das ações implementadas por setores responsáveis pela organização e ordenança das PP.
O trabalho do Dr. Klaus Frey, "Políticas Públicas: Um debate cultural e reflexões referentes à prática da analise de Políticas Públicas no Brasil", foi a leitura que despertou o meu interesse em desenvolver essa linha de pensamento. Segundo o autor, carece o individuo tomar posse de alguns conceitos e entender de abordagens da ciência política, para que possa formar uma opinião e passe a perceber a importância, bem como a ter um entendimento acertado acerca do tema. Essas abordagens são as seguintes:
1ª - O questionamento clássico da ciência política, que se refere ao sistema político como tal e pergunta pela ordem política certa ou verdadeira: " O que é um bom governo, e qual é o melhor estado para garantir e proteger a felicidade dos cidadãos ou da sociedade", e essas foram preocupações de Platão e Aristóteles.
2º - O questionamento político propriamente dito, que refere-se à analise das forças cruciais no processo decisório.
3ª - As investigações voltam-se aos resultados que um dado sistema político vem produzindo, e o interesse primordial consiste na avaliação das contribuições que certas estratégias escolhidas pedem trazer para a solução de problemas específicos.
O ultimo dos questionamentos analisa campos específicos de PP como as políticas econômicas, financeiras, tecnológicas, sociais e ambientais. Entretanto, o histerese da análise de PP não se restringe a meramente aumentar o conhecimento sobre planos e projetos desenvolvidos e implementados pelas políticas setoriais. Visando à explanação das "Leis e princípios próprios das políticas especificas, a abordagem da 'policy analyses' pretende analisar a 'inter-relação entre as instituições políticas, o processo político e os conteúdos de política', com o arcabouço de questionamentos 'tradicionais' da ciência política". ( Windhoff - Héritier, 1997,p.7)
Nos EUA, essa vertente de pesquisa começou a se instituir nos anos 50, ao passo que na Europa, particularmente na Alemanha, isso floresce a partir dos anos 70, com a escansão da social democracia, o planejamento e as políticas setoriais foram estendidas significativamente. No Brasil, esses estudos são recentes, e ainda esporádicos, enfatiza-se a análise das estruturas e instituições ou a caracterização dos processos de negociação das Políticas Sociais específicas, e essas foram examinadas com respeito a seus efeitos e esses estudos foram de natureza descritiva, com "graus de complexidade analítica e metodológica bastante distintas", predominando micro-abordagens contextualizadas, porem dissociadas dos macro-processos, ou ainda, restritas a um único 'approach' e limitadas ao tempo. (Perez,1998,p.70) Geralmente tais estudos carecem de embasamento teórico que deve ser considerado um pressuposto para que se possa chegar a maior grau de generalização dos resultados adquiridos.
Deve-se entender alguns conceitos da 'policy analisis' como 'policy', 'politics', 'polity', 'policy network' e 'policy cycle'. os quais são considerados fundamentais, tanto para a compreensão de PP, quanto para estruturação de um processo de pesquisa, que vise estudar o caso.
'Polity' - denomina instituições políticas
'Politics' - denomina processos políticos
'policy' - denomina conteúdos da política
A dimensão institucional "polity', refere-se a ordem do sistema político, delineada pelo sistema jurídico, e a estrutura institucional do sistema político administrativo.
No quadro da dimensão processual 'politics', tem-se em vista o processo político de caráter conflituoso, no que se refere à exposição de objetivos aos conteúdos e às decisões de distribuição.
A dimensão material 'policy', refere-se a conteúdos concretos, isto é, à configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões políticas.
Essas definições são proveitosas na estruturação de projetos de pesquisa, mas na realidade política, essas dimensões se entrelaçam e se influenciam mutuamente. Segundo Schubert, "a ordem política concreta forma o quadro, dentro do qual se efetiva a política material por meio de estratégias políticas de conflito e de consenso" (1991, p.26), dessa maneira, a prática comum do 'policy analyses', se distingue entre variáveis dependentes e interdependentes (NaBnacher,1991,p.218), tendo a finalidade da redução de complexidade, podendo-se mostrar embaraçosa e inadequada para boa parte dos casos empíricos, exemplificado no caso da política ambiental. Então, em cada campo de política, no que diz respeito a criação de hipóteses norteadoras para estudo de casos, não é possível e não se justifica uma dedução meramente "teórica", das variáveis da análise, que devem ser consideradas. São indispensáveis "representações modelares sobre possíveis concatenações explicativas" (Knoepfel, 1987, p.77), que podem ser obtidas por estudos empíricos preliminares em cada campo político.
O exame da vida de certas políticas setoriais, sobretudo de caráter dinâmico e polêmico, não deixa dúvidas referentes à interdependência entre os processos e os resultados das políticas. O incremento da "consciência social", reforça o conflito entre interesses econômicos e sociedade, dimensionando os problemas que tem conduzido à cristalização de constelações de interesses e entraves, que são causados por projetos elaborados pro agentes planejadores, e isso deve ser considerado um processo político, por ser intermediado por estruturas institucionais, que refletem essa gama explicita de interesses, e sem dúvida, ocorre então, a resistência por parte de interesses econômicos afetados, o que representa uma modificação da condição de 'politics'.
Entendo então, e é exemplificado pelos teóricos citados, que a PP deva ser implementada com o intuito de propiciar o desenvolvimento social, visando o bem estar dos cidadãos, e que toda a PP, em detrimento da linha de atuação, têm o mesmo e determinado fim. A forma com que são postas é que privilegiam alguns setores, e isso causa conflitos e desacordos, propiciando o desvio e a corrupção, que consternam e minam os cofres públicos, causam descrédito às instituições e desanimo social, desencorajando o desejo de reação do povo, principalmente quando da eleição dos seus representantes, e deixam à mercê de encantadores políticos o ônus das instituições que gerenciam as verbas e atuam na defesa dos nossos interesses, é uma parcela de "sujeitos" que usam do engodo e engordam suas contas. Sinto que mesmo no âmbito da Universidade, jovens preparam-se para enfileirar essa parcela de sanguessugas, pois atuam proporcionalmente dentro do que lhes é oferecido, de forma idêntica, e invejam condições que pessoas conseguem adquirir por meio ilícito, quando da manipulação de oportunidades e passam a trabalhar com cartas marcadas. As oportunidades surgidas na academia são também exemplificações de PP, visto que deveriam privilegiar a escolha por competência, por virtudes de aptidão e não por afinidades. Poderia ser então que, agindo de forma correta, os projetos passassem a render e desenvolver as aspirações para os quais foram concebidos e financiados, isso visto que essas verbas são de ordem pública e têm sua origem nos impostos pagos pela população, então, essas pesquisas tornam-se pesquisas públicas e deveriam propiciar o desenvolvimento, quaisquer que seja a área de atuação.
Vejo que as PP estão minadas, mas mesmo assim são importantes e indispensáveis, e sem elas, não haveria como se administrar a ordem social, não se poderia cuidar da saúde do cidadão, não se cuidaria da educação, da economia, da ecologia,...da vida. Viver-mos-ia o caos, e talvez, seria impossível a convivência social entre os humanos. Ultimamente o Governo Federal, quando da formalização do Plano Plurianual 2008-2011, no que diz respeito à educação, volta-se à toda força a formar jovens conscientes e honestos, investindo na formação de profissionais par atuarem no ensino básico e fundamental, projetando uma melhoria a ser alcançada dentro de 15 anos. Fica evidenciada a intencionalidade de formarem-se novos cidadãos, estão investindo diretamente na criança, ao que parece, perde-se a fé na honestidade dentro da sociedade que está posta, e o jovem de 18 a 30 anos, é a parcela principal desta sociedade. Onde está então a honestidade?... perdera-se, assim como se perdeu a pureza e a essência...
REFERÊNCIAS:
FREY,Klaus. Políticas Públicas: Um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil.
LEAL, Rogério Gesta. Teoria do Estado: Cidadania e poder político na modernidade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1977.
PLANO PLURIANUAL DO GOVERNO FEDERAL 2008-2011
PEREZ, José Roberto Rus. Avaliação do processo de implementação: algumas questões metodológicas. In Elizabeth Melo Rico (org):Avaliação de politicas públicas sociais: Uma questão em debate: São Paulo: Cortez. 1998,p.65-73

domingo, 8 de março de 2009

A QUEM PERTENCE E A QUE SE DESTINA A UNIVERSIDADE PÚBLICA.

Esse texto tem o objetivo de fomentar a discussão sobre sentimentos pertinentes e impertinentes, que assolam e deturpam as interpretações de jovens e famílias, quando vêm a possibilidade do acesso ao ensino superior por seus membros, através do acesso à escola de ensino superior, pública.

Vejamos: entendamos que “escola pública”, é construída, mantida, e funciona em todas as suas instâncias, com verba que advém do pagamento dos impostos pela sociedade. Então, quando uma família, por competência de um de seus membros, é agraciada com o contato com a universidade pública, por um de seus membros, espera essa família que nesse espaço educativo, se encontre o que há de melhor em educabilidade, e que se aflorem sonhos e possibilidades antes inacessíveis. Não é o que ocorre.

Ao manter o primeiro contato com a universidade, o educando fica embriagado e em êxtase com a possibilidade. Passa a tomar posse e contato, bem como à produção de conhecimentos novos, que o encanta, e afloram possibilidades de fazer pelo social, pela escola de ensino fundamental e médio, e o educando passa a sentir-se útil e a valorizar o entendimento e possibilidade pelo educativo. Entende esse aluno que está sendo preparado para educar, que deve estar trilhando o que de melhor se conhece das questões educacionais, e que em breve poderá dar seu quinhão de contribuição a todos os alunos que estão nas escolas e esperam e sonham com a possibilidade de acessar ao ensino superior, e não há como se desvincular esse acesso, do sonho do propiciamento de uma vida mais condigna.

Não entendo então o que ocorre na escola de ensino superior. Ministra-se um curso de Pedagogia, a alunos que, em sua maioria, não estão imbuídos da necessidade do educativo em formar educadores de qualidade e cientes das necessidades das escolas de ensino fundamental e médio, de profissionais da educação. Professores visionários que pensem em formar um país melhor, que entendam que alicerçar uma educação de qualidade, é alimentar o sonho social de melhoria da qualidade de vida da população de um país ( no caso, o nosso). O Economista e especialista em educação, Erich Hanushek, em seus atuais estudos comprova que:
Existe uma forte relação entre educação e crescimento econômico. Com o Brasil nas últimas colocações em rankings internacionais de ensino, o que se pode dizer sobre a economia? Com esse desempenho, as chances de o Brasil crescer em ritmo chinês e se tornar mais competitivo no cenário internacional são mínimas. Digo isso baseado nos números que reuni ao longo das últimas décadas. Eles mostram que avanços na sala de aula têm peso decisivo para a evolução dos indicadores econômicos de um país. Olhe o caso brasileiro. Se as notas dos estudantes subissem apenas 15% nas avaliações, o Brasil somaria, a cada ano, meio ponto porcentual às suas taxas de crescimento. Isso significaria, hoje, avançar em um ritmo 10% maior. Vale observar que o que impulsiona a economia é a qualidade da educação, e não a quantidade de alunos na escola.(Revista VEJA)
Em seu estudo, o economista e especialista em educação, conseguiu comprovar que a educação de qualidade consegue melhorar significativamente a qualidade de vida das comunidades e sociedades. Hoje vemos que a Coréia do Sul e Finlândia, conseguem promover evolução extraordinária na qualidade de vida de seu povo, em todos os níveis, e conseguem índices de crescimento invejáveis, e isso vem acontecendo ultimamente com a China. E continua:

"Com o baixo nível apresentado pelos alunos brasileiros hoje,as chances de a economia deslanchar são mínimas"
Segundo Hanushek, a qualidade do ensino e aceitabilidade, a qualidade da educação de um povo esta ligado diretamente à melhoria dos índices de qualidade de vida e de desenvolvimento desses países.
A massificação do ensino, por si só, tem pouco efeito – e a matemática não deixa dúvida quanto a isso. Os dados mostram que a influência da educação passa a ser decisiva apenas quando ela é de bom nível. Aí, sim, consegue empurrar os indivíduos e a economia. A relação é simples. Países capazes de proporcionar bom ensino a muita gente ao mesmo tempo elevam rapidamente o padrão de sua força de trabalho. Quando uma população atinge alta capacidade de raciocínio e síntese, torna-se naturalmente mais produtiva e capaz de criar riquezas para o país. Nesse sentido, a posição do Brasil é desvantajosa. Faltam aos alunos habilidades cognitivas básicas, e isso funciona como um freio de mão para o crescimento. Esse cenário, que já era preocupante décadas atrás, agora é ainda mais nocivo.
O que fica incompreensível, são as relações alunos-educativo que acontecem na escola. As atitudes e direcionamentos, quando não para propiciarem oportunidades individuais, não são coerentes com os anseios sociais, que são as pessoas pagantes e que propiciam e oportunizam todo o processo. Muito pouco se tem de atitudes que prestigiem o desenvolvimento das inter-relações entre o corpo biológico da escola e o social. Sente-se que muitos têm potencial e aptidão para desenvolverem atividades correlatas, mas não vemos propiciar ou oportunizar atividades ou intenções que ascendam nesses discentes a chama do “amor ao educativo” tão difundido por Luckesi, nem ao ”o amor ao social e aos menos favorecidos, nos processos de letramento e de desenvolvimento” tão evidenciado por Freire. Perdem-se no meio de tantos desmotivados e outros tantos alienados, os visionários e os que têm aptidão nata. Alguns, são fisgados por grupos que são verdadeiros encantadores, e se deixam enredar por caminhos sem graça. Talvez, a própria falta de oportunidades vivida antes por esses alunos, os deixem vulneráveis, e os mesmos se encantam por promessas pequenas, salários pequenos, vidas pequenas. Cheguei a ouvir de um aluno que estava satisfeito com o salário que conseguira, e vi seu deslumbramento, senti que ali, que naquela pessoa o sentimento pedagógico perdera-se. A sociedade e o país, não mais pode esperar nada que propicie melhoria a seu povo que advenha desse discente. No futuro, talvez, esse aluno será professor de outros tantos na universidade e propiciará a alienação e entrave dos processos evolutivos, e aí outros tantos como eu, não entenderão a que se destina a UNIVERSIDADE.
Em outubro de 2008, em entrevista á revista ‘NOVA ESCOLA’, Fernando Haddad (Ministro da Educação), declara ser a formação docente, prioridade para o Ministério, e que é essencial que as universidades públicas preparem mais e melhores professores para o Ensino Fundamental.
“Dar aula não é nada simples, talvez seja a atividade mais sofisticada que a espécie humana já concebeu” (Fernando Haddad). Segundo o mesmo, o governo prioriza os cursos de Pedagogia, Medicina e Direito, na lista dos processos avaliativos nacionais das faculdades e universidades, e isso é uma tentativa de aprimoramento. “É preciso que as faculdades adaptem os currículos dos cursos de Pedagogia à realidade da sala de aula” (Haddad). Sinto que o governo está consciente da necessidade do propiciamento de formação de educadores preocupados com o alicerçamento educacional brasileiro. O que vejo é vir à evidência a fala do Senador e Educador Cristovan Buarque, quando diz que “pessoa educada não se deixa escravizar”. O que causa apreensão, é a percepção que a grande maioria dos futuros educadores serão aqueles alunos que hoje na escola se deixam alienar e direcionam e abusam das oportunidades deixadas pelos colegas, por trabalharem, por serem mas concisos, quietos, ou mesmo por aqueles que já se desalentaram e preferem evitar embates, e deixam a água passar por baixo da ponte, e vão e andam, e andam e vão...e aí, sinto o chamamento do povo através dos governantes, dos diretores e gestores, de algumas associações, de algumas ONG’s, de algumas pessoas. De quem escreve como Thais Gurgel (NOVA ESCOLA, outubro 2008) quando diz:
“De todos os fatores que influenciam a qualidade da escola, o professor é, sem dúvida, o mais importante, por isso, a formação (inicial e continuada) faz tanta diferença – para o bem e para o mal. No Brasil, infelizmente, para o mal”.
No meu entender, a qualidade da formação, bem como do profissional que você irá ser, depende das tuas escolhas dentro da universidade. A tua atuação são como as pedras e argamassa que usamos quando da construção do alicerce, e tornar-se bom educador, depende unicamente das tuas atitudes e de teus desempenhos. Prioritário lembrar-se que, és como uma imagem no espelho, e tuas atitudes e escolhas, são teu reflexo.
Nesse curto período que tenho a satisfação de perpassar pela escola, já fui ameaçado, odiado, criticado,... andam a investigar minha vida pessoal e minha atuação dentro da escola. Por certa feita, um colega acirradamente falara: “Você também tem telhado de vidro”. Bom, nunca pensei nisso, apenas vivo um dia após outro. Fiquei frustrado com a atuação de alguns colegas de escola, principalmente aqueles que nos representam e usam essa representatividade de forma escusa. Quando brigávamos e discutíamos em sala no inicio do curso, parecia-me que era a busca. Mas não o era. Era mesmo divergência de personalidade e honradez, de princípios e moralidade, de ética. Investiguem meu ‘telhado de vidro’, para postar minha indignidade, eu não preciso investigar ninguém.
Soares

Bibiografia:
Revista NOVA ESCOLA – outubro 2008
MANIFESTO EDUCADIONISTA
Revista EDUCAR – maio 2008
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido
HANUSHEK, Erick – entrevista revista VEJA (Educação é Dinheiro)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

DESCOMPROMISSO

Há algum tempo tenho acompanhado as relações e atitudes dos alunos que se envolvem com a representatividade dos colegas, no campus. Ano passado, juntamente com alguns amigos brigamos dentro da academia (UNEB - CAMPUS XVI), para que houvesse o propiciamento de eleições lícitas ao Diretório Acadêmico, pois os desmandos da administração que atuava, já por demais haviam demonstrado sinais de incompetência e descaso com os interesses do corpo discente da escola, e as atitudes eram sempre direcionadas ao propiciamento de desenvolvimento individual ou de alguns que simpatizavam ou corroboravam com as atitudes e desmandos dos representantes.
Outrossim, o que chamou-me a atenção, é que os alunos que nos representam estão sempre ligados ao direcionamento de esquerda da academia, e têm uma maneira suja e desonrosa de agirem (não estou aqui, deturpando o esquerdismo, apenas é a verdade) passando por cima de tudo e todos para que seus anseios e desejos, bem como o que propicie o empreguismo dos mesmos, seja alcançado a qualquer custo. O que eles não entendem, é que esses desmandos incomodam e alijam aqueles que realmente anseiam por uma escola melhor e pensam no entendimento daquilo que é proposto na escola.
Já na ultima eleição, ficou evidente a manipulação de atitude por esses alunos, diga-se de passagem que o fizeram de forma competentíssima, para que não houvesse eleição lícita ao DA. Manipularam as inscrições de forma que as outras chapas perdessem o prazo, e o fizeram para que saísse sua chapa, como chapa única, e num total de 800 alunos aproximadamente, conseguiram ser eleitos com 140 votos e hoje nos representam. Não houveram votos contrários, pois não havia em quem votar...
Após a eleição dos mesmos, passaram ao ataque à administração da Escola, acusando-os principalmente de propiciar a liberação de professores ao Mestrado, pois segundo os mesmos isso somente deveria acontecer após a contratação de novos professores, devido a falta de professores no Campus (Muitos semestres estão defasados em suas aulas e pagam aulas no período de férias), e foram excessivamente enfáticos ao declararem repúdio à liberação dos docentes. Hoje, vemos que esses mesmos alunos agem de acordo com o que lhes proporcionam conveniência. Há alguns dias aconteceu dentro da academia a reunião do Colegiado onde foram liberados três professores para estudos (dois para doutorado e um para mestrado), e nossos representantes legais com direito a voto, não compareceram à reunião, se abstendo do direito de voto, o que causou estranheza. Como se foram enfáticos, quando da penúltima liberação de professores, em se colocarem contra, se abstiveram até mesmo de comparecerem à reunião?...Não foi difícil para que eu entendesse o porque dessa abstenção.





Apenas passei a abservação dos nomes dos professores liberados. Amigos...é justa a liberação dos docentes, pois os mesmos não têm culpa da falta efetiva de
professores e não se justifica a poda de formação dos nossos educadores. Possivelmente os mesmos fossem liberados mesmo com o voto contra dos nossos representantes, mas ficaria ali, no documento outorgado quando da reunião, explicitado que os discentes não estão satisfeitos com o problema e o descaso de quem de direito com relação à falta de professores em nosso Campus. O que incomoda e me deixa envergonhado, é a forma e intencionalidade com que são feitas as coisas dentro da academia. Os nossos amigos não estão preocupados com nossos problemas quanto alunos, com os problemas que afligem o corpo discente, e sim com atitudes que propiciem, mesmo que por aleijamento do educativo, desenvolvimento, assoberbamento e apadrinhamento dos mesmos por quem lhes possa propiciar, de imediato ou no futuro, oportunidades. Vemos que são organizadas reuniões apenas para fomento de "diversão". Muitos de nossos amigos precisam de oportunidade junto as escolas, precisam mesmo de ganhar alguns tostões, que lhes possibilitem tranquilidade até, no contato com a escola e o aprendizado, mas isso não ocorre. Sempre as oportunidades são dadas ao mesmo pessoal, e os mesmos aprontam nos espaços das escolas e fecham as portas das instituições, comparecem para desempenharem suas funções alterados, aprontam...mas isso é outra história...
Bem pessoal e amigos, colegas...aos meus 48 anos faço pedagogia junto com vcs, jovens, meninos até...e me orgulho disso. Possivelmente não venha a usufruir de ganhos substanciais que propiciem mudança no meu cotidiano...mas sou um visionário, um "educacionista", e luto por uma escola melhor porque tenho meus descendentes que se Deus permitir, haverão de estar numa escola melhor. Sei que quase sempre me excedo na fala e no tato do trato com vcs, mas é porque vcs estarão educando os meus, os nossos filhos. E acho mesmo que não se consegue desenvolvimento sem educação de qualidade, esmeradamente e polidamente limpa. Não gostaria mesmo que minhas netas fossem educadas por pessoas que usam drogas, que propiciam a promiscuidade dentro do educativo, que não se importam com o social, que somente olham o desenvolvimento do próprio umbigo. Quase sempre fico a abservar algumas professoras que estudam conosco, em sala, e tenho orgulho delas, da luta...são boas pessoas, e olhem estou-me surpreendendo com a força das mesmas, pois não se deixam influenciar, são fortes.
SOARES 4º SEMESTRE PEDAGOGIA