DIDÁTICA COMO PROPICIADORA DE FORMAÇÃO ÉTICA NA ESCOLA
DE ENSINO SUPERIOR
Este texto tem o objetivo de disseminar a importância de se discutir as metodologias e didáticas usadas pelos educadores em espaços de ensino superior. Pretendemos levantar a discussão com relação a observação e destino que é dado pelos mestres, quando entendem a oportunidade de implementação e fomentação de se inserir nos embates com os alunos de temas cotidianos, que permitam a busca de entendimentos
relacionados as posturas dos futuros profissionais junto às comunidades. O que
percebemos nas relações em sala de aula ou espaços de educação, quando da interação,
é que, geralmente, o que fica evidente para o aluno é a possibilidade de crescimento
individual, tanto acadêmico, quanto financeiro.
Não devemos descartar a importância dessas características de formação de caráter,
mas, é importante que se comece a trabalhar a possibilidade de mudança dessa
característica formativa da personalidade dos futuros profissionais, em todas as áreas de formação de nível superior. Formação de personalidade sim, e isso, posso falar com propriedade, pois quando do meu trilhar nos quatro anos de academia no curso de Pedagogia na Universidade do Estado da Bahia, campus XVI, Irecê, pude observar como mudaram os interesses dos meus colegas mais jovens com relação as suas pretensões futuras, e a forma de atuação da maioria deles hoje, quanto sujeitos formadores de opiniões, inseridos nos espaços de educação das séries iniciais no nosso município.
Nos nossos dias, o PROUNI – Programa Universidade para Todos, o SISU – Sistema de
Seleção Unificada (Programas do Governo Federal), e o próprio vestibular, que teve
diminuída a concorrência, vem possibilitando cada vez mais que jovens de baixa renda
tenha acesso aos cursos de nível superior. Estranhamente, esses sujeitos vem se
distanciando cada vez mais das comunidades de baixa renda, ou quando, por força do
emprego, se veem forçados desempenhar suas atividades profissionais junto a essas
comunidades, se deixam influenciar por nomeados inescrupulosos, e passam a dar maior
importância a preservação do emprego. Porque isso acontece?... e, como acontece?...
Vejamos. Alguns jovens tem o privilégio de chegar aos cursos superiores de ponta, os
cursos que possibilitam ganhos maiores e formam profissionais valorizados no mercado
de trabalho. Esses profissionais, os médicos, engenheiros, arquitetos, profissionais das TICs, etc., quase que em sua totalidade, não desenvolvem nenhum trabalho voltado à comunidade. Vemos hoje, nas cidades menores em nosso país a enorme dificuldade na
contratação de profissionais da saúde. Os médicos, não se interessam pelos salários que as pequenas prefeituras podem pagar, e quando trabalham nessas prefeituras, acumulam cargos em diversos lugares, prestam um serviço de péssima qualidade, e por vezes, recebem sem trabalhar, pela impossibilidade de cumprir a carga horária a que se propõem.
Quantos desses profissionais conhecemos que desenvolvem um bom trabalho voltado as
comunidade de baixa renda nos nossos municípios do semiárido nordestino?... Existem
raras exceções.
Nos cursos superiores menos valorizados, como é o caso da Pedagogia, Psicologia,
Assistência Social, a concorrência pelas vagas oferecidas nos concursos públicos é
acirrada. Os salários não são convidativos para quem já atua em outras áreas, mesmo
que de nível técnico, más, para os jovens recém-formados é uma oportunidade de
profissionalidade na prática. O que se observa, é que esses jovens quando se inserem no mercado de trabalho, preocupam-se muito mais com a ascensão profissional do que em
desenvolver um bom trabalho. O exemplo disso, já vem sendo implantado na forma de
atuar desse jovem desde a instituição de ensino, e é evidenciado com maior incidência
nos espaços de trabalho.
Os cargos de chefia nas instituições públicas municipais, aqui na nossa região, são em sua maioria cargos de confiança, ocupados por profissionais indicados ou apadrinhados, que têm costas quentes e que em sua maioria não têm experiência nem
profissionalização condizentes com os cargos que ocupam. Defendem o “fazer o que se
manda”, mascaram as instituições, e por vezes, aos olhos dos visitantes, parece que é
prestado um serviço de qualidade. Esses profissionais não querem trabalho. São pessoas voltadas a participação de eventos, que acumulam diplomas e certificados emitidos pelas instituições governamentais, que possibilitam cada vez mais acumulo de percentuais de
aumento em seus salários.
A maioria desses profissionais, não tem características de aptidão necessárias a
desenvolverem trabalhos junto a comunidade. Não gostam das pessoas, e desenvolvem
seus trabalhos apenas para cumprirem metas que são exigidas pelas instâncias
superiores.
Isso é perpassado aos jovens profissionais, e os educadores já deviam estar atentos a
essa problemática quando interagem com seus alunos. Já deviam estar preocupados em
formar profissionais capacitados, criteriosos, conscientes de seu valor profissional, mas que tenham em seu perfil de profissionalidade, uma preocupação maior em devolver a sociedade um pouco do que lhes foi disponibilizado pelo investimento do dinheiro público.
Essa corrente que desvirtua o sentimento ético e profissional do jovem, deve ser
quebrada desde o primeiro contato do mesmo com a escola de ensino superior, mas não
é isso que acontece. A didática usada em sala de aula é elitista, prega o oportunismo, evidencia ao jovem proveniente das comunidades periféricas, a força que o mesmo tem e a possibilidade de mudança que lhe é dada, mas esquece de evidenciar a oportunidade que o mesmo tem de intervir na sua comunidade.
Fora da academia, esses jovens percebem os erros e mascaramentos que usam dentro
das instituições públicas, más já não são tão éticos e fazem vistas grossas. Sabem que muitas formas de agir prejudicam os povos, mas são covardes, não têm coragem de
enfrentamento, de intervir, e assim, o que vemos é o continuísmo, os ricos cada vez mais ricos, e os pobres, mais pobres. Os funcionários públicos (os chefes), demonstram ostentativamente a forma 'correta' de agir, para que o município não sofra sansões e assim, os empregos sejam mantidos. Bons profissionais são os apáticos, pois aceitam calados, desde que não sejam prejudicados, ou os espertalhões, pois inserem-se no sistema e passam a encher os bolsos e colher privilégios.
Se discute muito pouco ética nas academias. O que alimenta a degradação do serviço
público no nosso país é a má atuação dos profissionais, tanto por participação, quanto por conivência, quando estão inseridos nas instituições. A didática permite ao profissional educador, sem mudar os conteúdos propostos nas ementas, abordar junto com os alunos, de forma multidisciplinar, a discussão dessa questão essencial.
Devemos ter a didática como instrumento propiciador de fomento dessa discussão entre
educadores e educandos. Devemos discutir a questão da ação didática usada nas
relações professos aluno, levando-se em consideração que a mesma vem dentro da ação
do educador como elemento concessor do desenvolvimento da docência e suas
interferências no desenvolvimento das aulas, das interações.
Historicamente, podemos constatar que a preocupação com a didática nas relações
educativas já é há muito tempo tema de estudo e discussão. No século XVII, Comênius
em seus estudos, discute a viagem e relações flutuantes entre o ensino e a
aprendizagem, procurando entender o ponto de fusão entre a ação do professor e a ação
do aluno, a produção de conhecimentos a partir das relações docentes e discentes
(Gasparim, 1994. p.70-72), das interações. Do/Discência encerram-se no sentido de fazer algo, de que alguém o está fazendo, e isso se refere as ações dos atores em espaços educativos. Originam-se de docere, que significa ensinar, fazer aprender, e de discere, que traduz o sentido do aprendizado, e seus significados são antônimos, porem complementam-se e interligam-se.
As grandes dificuldades didáticas no ensino superior, estão relacionadas à articulação entre ensinar e aprender. Discutir capacidade de ensinar, não se relaciona com capacidade de conhecimento. Nem sempre o melhor conhecedor ou melhor capacitado é o melhor educador. Dominar e ter vasta gama de conhecimentos, não quer dizer que o profissional consiga traduzir esse conteudismo e transpô-lo de forma a produzir conhecimentos ou oportunizar acontecer situações de aprendizagem.
É importante que educadores se preocupem com as relações educativas, com as
abordagens das temáticas e de que forma se propõem a mediarem as interações, para
que os jovens não confundam oportunizar e falta de conduta. O que preocupa, é a
percepção de que os poucos educadores que entendam a força da ação didática, a usam
para interesses não associados ao desenvolvimento do sujeito social nos alunos. Existe todo um esquema de engendramento de ações dentro das escolas superiores. Os jovens são comprados por monitorias, por oportunidades de emprego, são levados a
desenvolverem leituras e interpretações condizentes com os interesses das pesquisas
dos mestrandos ou doutorandos, e entregam-se à inércia intelectual.
Em leituras de diversos trabalhos monográficos disponíveis na biblioteca da UNEB,
Campus XVI, percebe-se que os temas são repetitivos, e poucos têm a coragem de
inovar. Outrossim, quando despertam alunos criteriosos e que pretendem buscar
inovações, os mesmos são levados ao descredito pela própria instituição, e por vezes
desistem ou adequam-se as pretensões dos orientadores. Um exemplo disso, foi a
aversão com relação à inserção tecnológica no campus. O conteúdo dos trabalhos,
apesar da mudança dos títulos, são igualitários, idênticos a trabalhos apresentados nos anos anteriores e destinam-se a ocupação de espaço nas prateleiras, não propiciam
mudanças e evolução.
Outro dado interessante, é se observar hoje, onde estão atuando os alunos que se
destacaram como fomentadores de mudança nos últimos três anos no campos XVI. Os
melhores estão inseridos nas ONG's e encontram-se sob suspeita perante a sociedade.
Outros estão fadados à obscuridade nos empregos públicos. A ação didática de alguns
educadores levaram todos os que se destacaram no Grupo de Estudos de Marxistas do
Campus, a atuarem no terceiro setor. Mas onde está a devolutiva social?... Essas
instituições não são bem vistas pelos povos nos municípios do nosso território, e em sua maioria estão envoltas em falcatruas ou encontram-se sob investigação.
A realidade é que esses jovens hoje ganham salários razoáveis e estão preocupados em
mascarar a ação dessas instituições para manterem seus empregos. Hoje, algumas
dessas instituições já se inserem nas secretárias municipais, direta ou indiretamente, à procura de oportunidades na busca de dividendos, outras já se tornaram empresas governamentais, que são usadas para o mantenimento da situação e engodo.
Esses desvios de personalidade foram inseridos e desenvolvidos nesses jovens a partir
da ação metodológica e didática de profissionais educadores dentro do campus. Claro
que não se furta a responsabilidade do sujeito, em sua maioria já traziam em seus perfis socioeducativos características que permitiram ao educador moldá-los as necessidades das instituições e nelas inseri-los.
Nesses 4 anos, acompanhamos discursos defensores do PT – Partido dos Trabalhadores,
do MST – Movimento dos Sem Terra, das ONG's – Organizações não Governamentais,
defensores do não desenvolvimento rural (contra o agronegócio, contra a inserção
tecnológica, contra a agroindústria), contra toda forma de desenvolvimento humano
possível na nossa região, pois o continuísmo e permanência da miséria, são subsídios
para mantenimento dos investimentos em ações assistencialistas, alimentando o a
situacionismo. A miséria tornou-se um negócio.
O artigo 10 da Declaração Mundial sobre Educação Superior no Século XXI (1998, p.26)
evidencia a importância de se buscar iniciativas de desenvolvimento da prática docente universitária:
Devem ser tomadas procidências adequadas para pesquisar, atualizar e melhorar as habilidades pedagógicas, por meio de programas apropriados de desenvolvimento de
pessoal, estimulando a inovação constante dos currículos e dos métodos de ensino aprendizagem. Muitas instituições de Ensino Superior têm se dedicado, há anos, a propor iniciativas voltadas para a formação continuada de professores. No brasil, o o primeiro órgão voltado à assessoria pedagógica do docente universitário foi o
Laboratório de Ensino Superior da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. BERBEL, 1994
Talvez, a observância pelas instituições das prerrogativas do que diz esse artigo, venha a possibilitar mudanças no perfil formativo dos futuros profissionais educadores. Os gestores das instituições, devem estar atentos as intencionalidades dos profissionais que atuam junto aos jovens. Estão-se preparando um perfil de profissional que não interessa ao mescado de trabalho. O exemplo disso podemos ver no ultimo concurso do REDA da prefeitura de Irecê. Todos os aprovados, quase que a totalidade são oriundos dos cursos particulares à distância (um ou dois encontros de 4 horas por semana).
É importante que se tomem providências para que os educadores não subestimem o
poder da didática, e todos, sem exceção, tomem posse dessas competências, para que
não só os mal intencionados as usem. Os puros de alma, tem o defeito de sempre
correrem atrás, nunca do lado ou a frente. Discutir problemas como os que indiretamente o artigo aborda, tem que se tornar um hábito dentro das academias. A ética, tem se tornado discussão de segunda importância, e deve ser abordada de forma multidisciplinar sempre que a interação assim o permitir.
REFERÊNCIAS:
BEBERL, N. Metodologia do ensino superior: realidade e significado, Campinas: Papirus,
1994.
GASPARIN, J. L. Comênio ou da arte de ensinar tudo a todos. Campinas: Papirus, 1998.
MASETTO, M. Docência na universidade. Campinas: Papirus, 1998.
UNESCO, Declaração mundial sobre educação superior no século XXI: visão e ação.
Piracicaba: UNIMEP, 1998.
Esse blog destina-se a escritos relacionados com temas diversos, mas sempre ligados à educação , sempre procurando formentar o pensamento evolutivo do homem para com o próximo e sua relação com a natureza.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
domingo, 7 de fevereiro de 2010
"Eu não sou dado a essas modernidades..."
Algumas frases têm o poder de petrificar nossas ações ou o desdobramento de idéias. Isso aconteceu comigo na ultima sexta-feira, quando participava de uma reunião do nosso grupo de estudos sócio-ambientais, que procura (pelo menos assim penso) entender os problemas ecológicos da nossa região semi-árida já tão sofrida.
Discorriamos sobre as atitudes e formalizações das mesmas com relação a um evento que estamos organizando, quando foi por mim sugerido que poderiamos possibilitar a implementação em um dos GT's, de um tema que discutisse a Ecopedagogia, o que de pronto foi manifestada a aversão pelos componentes da reunião. Não entendo como se discutir hoje problemas sócio-ambientais, sem inserir na pauta entendimentos ecopedagogicos, afinal é a ecopedagogia uma ciência nova, que vem estudando de forma mais humanizada o desenvolvimento sustentável.
Entendi que, o educador que manifestou com maior evidência a sua aversão ecopedagogica, talvés por desconhecimento ou medo de entender o novo, não perceba que Pedagogia sofre restrições no nosso país ainda, por tambem ser uma nova ciência. Como estudante pesquisador, vejo a pedagogia como uma porta de entrada para uma educação diferenciada na escola e comunidade, e tembém é a pedagogia uma ciência como todas as ciências, mutante, em constante evolução, pois os conhecimentos são produzidos a todo instante, principalmente agora com uma maior difusão dos meios comunicacionais ( e aí entra em avidência outra ciência ainda mais nova - a educomunicação) que possibilitam uma interação sem precedentes entre educadores, educandos e comunidades.
Na minha singela interpretação, a interseção da pedagogia, ecopedagogia e educomunicação, será inevitável na escola, principalmente por estar-mos cotidianamente em contato com o jovem, que esta cotidianamenta em contato com essas ciências, pois as mesmas estão inseridas no cotidiano de suas vidas.
Pensar ecopedagogicamente é pensar em concietização de massa através da escola, onde se pode inserir nos curriculos e nas relações educativas a importância da preservação e desenvolvimento sustentával nas crianças e jovens que leverão essa idéia por toda a vida, e serão sim, multiplicadores e difusores dessa necessidade social, tornando-se cidadãos humanistas, criteriosos e concientes, divulgando que devemos nos preocupar com mais dignidade com nossa casa ( o planeta) para que as futuras gerações tenham sim a oportunidade de viver da melhor forma possível.
Nós educadores não podemos nos furtar a possibilidade de avolução, e quando não procuramos entender o novo, estamos nos remetendo a sistemas interpretativos antigos a arcáicos que de nada ajudaram a humanidade nos ultimos anos. O que encontramos nas academias, é um cuidado exagerado com a manutenção do "nome", com as certificações e titulações, e por vezes me pergunto até onde vai o comprometimento social dos acadêmicos. Fazem por si mesmos, e pouco do que é produzido chega a influenciar o cotidiano das populações. Os fundamentadores dos trabalhos acadêmicos de hoje, apenas o são porque não tiveram medo de atirar-se a entender o novo na sua época. Fico constragido por ter que aceitar o engodo da certificação e reconhecimento acadêmico para que tenha assim a possibilidade de continuar meus estudos. Gostaria sim de ir além, para aprender a interagir melhor com as comunidades, pedagogiando com meus iguais e procurando meios educacionais e informacionais que realmente interfiram junto ao povo na busca de uma escola melhor, de melhores interações, de desenvolvimentos melhores que permitam melhoria na qualidade de vida das populações e uma relação adequeda entre humanos e natureza.
Tive o privilégio de ler o texto do professor Hebert da Silva - Ecopedagogia com Educomunicação : tempo, conversa com a árvore e o ECO (http://isva-institutosocioambientaldevaleria.blogspot.com/2009/04/ecopedagogia-com-ecucomunicacao-tempo.html ) e essa leitura me lembrou um trecho do texto de José Manoel Moran (Novas Tecnologias e Mediaçao Pedagogica) quando ele diz "...o professor é um pesquisador em serviço. Aprende com a prática e a pesquisa e ensina a partir do que aprende. Realiza-se aprendendo-pesquisando-ensinando-aprendendo. O seu papel é fundamentalmente de um orientador/mediador." Um fervilhar de idéias passou a efervecência na minha cabeça quando ouvi a frase do educador que entitula esse texto, se é preciso estar em constante pesquisa, se é preciso se permitir a todo instante a modificabilidade para se ser um bom educador, e aí Moran vai além quando escreve, "Só pessoas livres a autonômas - ou em processos de libertação - podem educar para a liberdade, podem educar para a autonômia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres, merecem o diploma de educador", como posso não me permitir a descoberta do novo?... a procura do entendimento de novas ciências?...sei que vou ter que construir uma base acadêmica para que possa dar continuidade a meus estudos, mas no fundo, prefiro me tornar um educador, e fico feliz em perceber que existem muitos homens que mesmo tendo se tornado doutores, despiram-se do pavonismo evidente nas academisas e preocupam-se com o social, com os menos abastados. Quiça um dia as academias levem em considaração novas experiências, novas formas de entender o que seja academico, para que alguns alunos se sintam mais felizes e realizados profissionalmente.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Então cheguei no momento em que amigos criticavam a importância dada pela midia a morte de Michael Jackson, e pensei, realmente é muito chato o veiculação constante da noticia de sua morte, mas isso não descredencia o merecimento. Artistas, alguns artistas, são predestinados e têm o dom de influenciar.
Na década de sessenta, foi assim com os Beatles, que conseguiram ditar costumes e mudar a atitude de toda uma geração. E hoje, nós os educadores, estudamos a importância pedagogica dessas influências, e das mudanças sociais que foram incrementadas e surgiram nos contextos, quer socias, educativos ou comunitários, e discorremos sobre as importantes reações sociologicas que ergueram-se entre os homens em todo o mundo em decorrencia da arte e atitude da banda.
Elves, Roberto, Senna, Pelé, e muitos outros artistas, dentro das suas respectivas atuações decorrentes de sua arte, influenciaram milhares de jovens, e esses milhares por si, mudaram o modo de agir e construir de suas comunidades, e o conjunto dessas mudanças, puderam ser percebidas nas sociewdades em todo o mundo.
Esses artistas da vida, no meu entender, são muito mais importantes que Marx e muitos outros teóricos que são discutidos dentro das academias, pois, impuseram mudanças mais significativas às sociedades onde conseguiram difundir sua arte. E isso que digo tem lógica, vejam bem; se sair-mos às ruas e perguntarmos com alguns nomes relacionados as pessoas comuns (POIS SEGUNDO MEU COLEGA DE UNIVERSIDADE, MARX É PARA PRIVILEGIADOS) e conste nessa relação, nomes de artistas, esportistas e teoricos, quais desses nomes acha vôcê que os comuns vão relacionar que conhecem? que admiram? que gostariam de seguir suas tendências?...claro que os artistas e esportistas vão ter quase que exclusividade nas escolhas.
Não consigo relacionar mudanças significativas nas sociedades propiciadas pelos textos de Marx, e digo isso, porque em embate com um aluno simpatizante dessa corrente, que não foi por Ele criada, realmente não consegui visualizar ou vislumbrar tais mudanças...o capitalismo está aí, mais dilacerante que numca... as comunidades agem diuturnamente em conformidade com as necessidades decorrentes do processo de evolução da humanidade, das necessidades de subsistência, das necessidades educativas, tão necessárias ao processo de ascender socialmente e financeiramente. Agora, se você me perguntar, que mudanças foram propiciadas pelos artistas relacionados, dentro das conjunturas das sociedades onde conseguiram atuar e expor a lógica e beleza a que se propunham artisticamente, eu não teria como relacioná-las. Assim sendo, merecem a comoção que suas mortes causam nas sociedades onde se fizeram conhecidos, e atuaram. A maioria desses artistas, desenvolvem ou desenvolveram grandes feitos sociais, principalmente, relacionados às ONG's, coisa que as pessoas estudiosas de sistemas políticos, os sinpatizantes de ideologias, não conseguem. Não se envolvem com nada que se prenda a produtividade (trabalho), e preparam-se a vida escolar inteira (universidade), para ocuparem cargos que são oferecidos nesses espaços, sabe como é...Emgraçado...realmente conseguem, duvivam?...Vão nessas "ONG's", aqui em nossa Cidade mesmo e verifiquem quem são as pessoas que trabalham lá.
Sou a favor dos artistas sim senhor!...agora, temos que entender, que existem alguns artistas frustrados, que se apegam tambem a essas ideologias e não crescem, a sendo assim, pouco fazem pelo social. Enrabicham-se a essas pessoas e se apagam...NÂO ENTENDEM QUE LEVAR ENTRETENIMENTO AS PESSOAS E COMUNIDADES, AOS POBRES OU RICOS, AOS SÁBIOS OU SINGELOS, é onde está a consepção do verdadeiro artista, ser do povo, e não de correntes. Vejam onde chegaram Gil e Caetano, suas mensagens estão imbuidas de verdades cotidianas, de políticas cotidianas, de amores, miséria, fome, honra e desonra, tudo cotidianamente falando a linguagem dos sábios, a linguagem do povo.
Um forte exemplo disso, está agora acontecendo com o movimento encabeçado pela Cristiane Torlone, o "AMAZÕNIA PARA SEMPRE", é um movimento grandioso em todos os seus aspectos, que teorico conseguiu até hoje emcabeçar um movimento desses?...
SOARES.
terça-feira, 21 de abril de 2009
POLÍTICAS PÚBLICAS - Um Entendimento
Após o desenvolvimento de tema para debate sobre Políticas Públicas em sala de aula, foi questionado pela discente, sobre qual o entendimento pessoal ou conhecimento produzido em relação às PP, chegam os alunos em decorrência do debate e exposição dos assuntos que dispúnhamos. Passei então a leituras de trabalhos e pesquisas postas na NET, em busca de informações, para que me propiciasse um entendimento mais esclarecedor com relação às PP, o que despertou em mim a importância da relevante ligação dos fatores e conseqüências sociais decorrentes das ações implementadas por setores responsáveis pela organização e ordenança das PP.
O trabalho do Dr. Klaus Frey, "Políticas Públicas: Um debate cultural e reflexões referentes à prática da analise de Políticas Públicas no Brasil", foi a leitura que despertou o meu interesse em desenvolver essa linha de pensamento. Segundo o autor, carece o individuo tomar posse de alguns conceitos e entender de abordagens da ciência política, para que possa formar uma opinião e passe a perceber a importância, bem como a ter um entendimento acertado acerca do tema. Essas abordagens são as seguintes:
1ª - O questionamento clássico da ciência política, que se refere ao sistema político como tal e pergunta pela ordem política certa ou verdadeira: " O que é um bom governo, e qual é o melhor estado para garantir e proteger a felicidade dos cidadãos ou da sociedade", e essas foram preocupações de Platão e Aristóteles.
2º - O questionamento político propriamente dito, que refere-se à analise das forças cruciais no processo decisório.
3ª - As investigações voltam-se aos resultados que um dado sistema político vem produzindo, e o interesse primordial consiste na avaliação das contribuições que certas estratégias escolhidas pedem trazer para a solução de problemas específicos.
O ultimo dos questionamentos analisa campos específicos de PP como as políticas econômicas, financeiras, tecnológicas, sociais e ambientais. Entretanto, o histerese da análise de PP não se restringe a meramente aumentar o conhecimento sobre planos e projetos desenvolvidos e implementados pelas políticas setoriais. Visando à explanação das "Leis e princípios próprios das políticas especificas, a abordagem da 'policy analyses' pretende analisar a 'inter-relação entre as instituições políticas, o processo político e os conteúdos de política', com o arcabouço de questionamentos 'tradicionais' da ciência política". ( Windhoff - Héritier, 1997,p.7)
Nos EUA, essa vertente de pesquisa começou a se instituir nos anos 50, ao passo que na Europa, particularmente na Alemanha, isso floresce a partir dos anos 70, com a escansão da social democracia, o planejamento e as políticas setoriais foram estendidas significativamente. No Brasil, esses estudos são recentes, e ainda esporádicos, enfatiza-se a análise das estruturas e instituições ou a caracterização dos processos de negociação das Políticas Sociais específicas, e essas foram examinadas com respeito a seus efeitos e esses estudos foram de natureza descritiva, com "graus de complexidade analítica e metodológica bastante distintas", predominando micro-abordagens contextualizadas, porem dissociadas dos macro-processos, ou ainda, restritas a um único 'approach' e limitadas ao tempo. (Perez,1998,p.70) Geralmente tais estudos carecem de embasamento teórico que deve ser considerado um pressuposto para que se possa chegar a maior grau de generalização dos resultados adquiridos.
Deve-se entender alguns conceitos da 'policy analisis' como 'policy', 'politics', 'polity', 'policy network' e 'policy cycle'. os quais são considerados fundamentais, tanto para a compreensão de PP, quanto para estruturação de um processo de pesquisa, que vise estudar o caso.
'Polity' - denomina instituições políticas
'Politics' - denomina processos políticos
'policy' - denomina conteúdos da política
A dimensão institucional "polity', refere-se a ordem do sistema político, delineada pelo sistema jurídico, e a estrutura institucional do sistema político administrativo.
No quadro da dimensão processual 'politics', tem-se em vista o processo político de caráter conflituoso, no que se refere à exposição de objetivos aos conteúdos e às decisões de distribuição.
A dimensão material 'policy', refere-se a conteúdos concretos, isto é, à configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões políticas.
Essas definições são proveitosas na estruturação de projetos de pesquisa, mas na realidade política, essas dimensões se entrelaçam e se influenciam mutuamente. Segundo Schubert, "a ordem política concreta forma o quadro, dentro do qual se efetiva a política material por meio de estratégias políticas de conflito e de consenso" (1991, p.26), dessa maneira, a prática comum do 'policy analyses', se distingue entre variáveis dependentes e interdependentes (NaBnacher,1991,p.218), tendo a finalidade da redução de complexidade, podendo-se mostrar embaraçosa e inadequada para boa parte dos casos empíricos, exemplificado no caso da política ambiental. Então, em cada campo de política, no que diz respeito a criação de hipóteses norteadoras para estudo de casos, não é possível e não se justifica uma dedução meramente "teórica", das variáveis da análise, que devem ser consideradas. São indispensáveis "representações modelares sobre possíveis concatenações explicativas" (Knoepfel, 1987, p.77), que podem ser obtidas por estudos empíricos preliminares em cada campo político.
O exame da vida de certas políticas setoriais, sobretudo de caráter dinâmico e polêmico, não deixa dúvidas referentes à interdependência entre os processos e os resultados das políticas. O incremento da "consciência social", reforça o conflito entre interesses econômicos e sociedade, dimensionando os problemas que tem conduzido à cristalização de constelações de interesses e entraves, que são causados por projetos elaborados pro agentes planejadores, e isso deve ser considerado um processo político, por ser intermediado por estruturas institucionais, que refletem essa gama explicita de interesses, e sem dúvida, ocorre então, a resistência por parte de interesses econômicos afetados, o que representa uma modificação da condição de 'politics'.
Entendo então, e é exemplificado pelos teóricos citados, que a PP deva ser implementada com o intuito de propiciar o desenvolvimento social, visando o bem estar dos cidadãos, e que toda a PP, em detrimento da linha de atuação, têm o mesmo e determinado fim. A forma com que são postas é que privilegiam alguns setores, e isso causa conflitos e desacordos, propiciando o desvio e a corrupção, que consternam e minam os cofres públicos, causam descrédito às instituições e desanimo social, desencorajando o desejo de reação do povo, principalmente quando da eleição dos seus representantes, e deixam à mercê de encantadores políticos o ônus das instituições que gerenciam as verbas e atuam na defesa dos nossos interesses, é uma parcela de "sujeitos" que usam do engodo e engordam suas contas. Sinto que mesmo no âmbito da Universidade, jovens preparam-se para enfileirar essa parcela de sanguessugas, pois atuam proporcionalmente dentro do que lhes é oferecido, de forma idêntica, e invejam condições que pessoas conseguem adquirir por meio ilícito, quando da manipulação de oportunidades e passam a trabalhar com cartas marcadas. As oportunidades surgidas na academia são também exemplificações de PP, visto que deveriam privilegiar a escolha por competência, por virtudes de aptidão e não por afinidades. Poderia ser então que, agindo de forma correta, os projetos passassem a render e desenvolver as aspirações para os quais foram concebidos e financiados, isso visto que essas verbas são de ordem pública e têm sua origem nos impostos pagos pela população, então, essas pesquisas tornam-se pesquisas públicas e deveriam propiciar o desenvolvimento, quaisquer que seja a área de atuação.
Vejo que as PP estão minadas, mas mesmo assim são importantes e indispensáveis, e sem elas, não haveria como se administrar a ordem social, não se poderia cuidar da saúde do cidadão, não se cuidaria da educação, da economia, da ecologia,...da vida. Viver-mos-ia o caos, e talvez, seria impossível a convivência social entre os humanos. Ultimamente o Governo Federal, quando da formalização do Plano Plurianual 2008-2011, no que diz respeito à educação, volta-se à toda força a formar jovens conscientes e honestos, investindo na formação de profissionais par atuarem no ensino básico e fundamental, projetando uma melhoria a ser alcançada dentro de 15 anos. Fica evidenciada a intencionalidade de formarem-se novos cidadãos, estão investindo diretamente na criança, ao que parece, perde-se a fé na honestidade dentro da sociedade que está posta, e o jovem de 18 a 30 anos, é a parcela principal desta sociedade. Onde está então a honestidade?... perdera-se, assim como se perdeu a pureza e a essência...
REFERÊNCIAS:
FREY,Klaus. Políticas Públicas: Um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil.
LEAL, Rogério Gesta. Teoria do Estado: Cidadania e poder político na modernidade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1977.
PLANO PLURIANUAL DO GOVERNO FEDERAL 2008-2011
PEREZ, José Roberto Rus. Avaliação do processo de implementação: algumas questões metodológicas. In Elizabeth Melo Rico (org):Avaliação de politicas públicas sociais: Uma questão em debate: São Paulo: Cortez. 1998,p.65-73
O trabalho do Dr. Klaus Frey, "Políticas Públicas: Um debate cultural e reflexões referentes à prática da analise de Políticas Públicas no Brasil", foi a leitura que despertou o meu interesse em desenvolver essa linha de pensamento. Segundo o autor, carece o individuo tomar posse de alguns conceitos e entender de abordagens da ciência política, para que possa formar uma opinião e passe a perceber a importância, bem como a ter um entendimento acertado acerca do tema. Essas abordagens são as seguintes:
1ª - O questionamento clássico da ciência política, que se refere ao sistema político como tal e pergunta pela ordem política certa ou verdadeira: " O que é um bom governo, e qual é o melhor estado para garantir e proteger a felicidade dos cidadãos ou da sociedade", e essas foram preocupações de Platão e Aristóteles.
2º - O questionamento político propriamente dito, que refere-se à analise das forças cruciais no processo decisório.
3ª - As investigações voltam-se aos resultados que um dado sistema político vem produzindo, e o interesse primordial consiste na avaliação das contribuições que certas estratégias escolhidas pedem trazer para a solução de problemas específicos.
O ultimo dos questionamentos analisa campos específicos de PP como as políticas econômicas, financeiras, tecnológicas, sociais e ambientais. Entretanto, o histerese da análise de PP não se restringe a meramente aumentar o conhecimento sobre planos e projetos desenvolvidos e implementados pelas políticas setoriais. Visando à explanação das "Leis e princípios próprios das políticas especificas, a abordagem da 'policy analyses' pretende analisar a 'inter-relação entre as instituições políticas, o processo político e os conteúdos de política', com o arcabouço de questionamentos 'tradicionais' da ciência política". ( Windhoff - Héritier, 1997,p.7)
Nos EUA, essa vertente de pesquisa começou a se instituir nos anos 50, ao passo que na Europa, particularmente na Alemanha, isso floresce a partir dos anos 70, com a escansão da social democracia, o planejamento e as políticas setoriais foram estendidas significativamente. No Brasil, esses estudos são recentes, e ainda esporádicos, enfatiza-se a análise das estruturas e instituições ou a caracterização dos processos de negociação das Políticas Sociais específicas, e essas foram examinadas com respeito a seus efeitos e esses estudos foram de natureza descritiva, com "graus de complexidade analítica e metodológica bastante distintas", predominando micro-abordagens contextualizadas, porem dissociadas dos macro-processos, ou ainda, restritas a um único 'approach' e limitadas ao tempo. (Perez,1998,p.70) Geralmente tais estudos carecem de embasamento teórico que deve ser considerado um pressuposto para que se possa chegar a maior grau de generalização dos resultados adquiridos.
Deve-se entender alguns conceitos da 'policy analisis' como 'policy', 'politics', 'polity', 'policy network' e 'policy cycle'. os quais são considerados fundamentais, tanto para a compreensão de PP, quanto para estruturação de um processo de pesquisa, que vise estudar o caso.
'Polity' - denomina instituições políticas
'Politics' - denomina processos políticos
'policy' - denomina conteúdos da política
A dimensão institucional "polity', refere-se a ordem do sistema político, delineada pelo sistema jurídico, e a estrutura institucional do sistema político administrativo.
No quadro da dimensão processual 'politics', tem-se em vista o processo político de caráter conflituoso, no que se refere à exposição de objetivos aos conteúdos e às decisões de distribuição.
A dimensão material 'policy', refere-se a conteúdos concretos, isto é, à configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões políticas.
Essas definições são proveitosas na estruturação de projetos de pesquisa, mas na realidade política, essas dimensões se entrelaçam e se influenciam mutuamente. Segundo Schubert, "a ordem política concreta forma o quadro, dentro do qual se efetiva a política material por meio de estratégias políticas de conflito e de consenso" (1991, p.26), dessa maneira, a prática comum do 'policy analyses', se distingue entre variáveis dependentes e interdependentes (NaBnacher,1991,p.218), tendo a finalidade da redução de complexidade, podendo-se mostrar embaraçosa e inadequada para boa parte dos casos empíricos, exemplificado no caso da política ambiental. Então, em cada campo de política, no que diz respeito a criação de hipóteses norteadoras para estudo de casos, não é possível e não se justifica uma dedução meramente "teórica", das variáveis da análise, que devem ser consideradas. São indispensáveis "representações modelares sobre possíveis concatenações explicativas" (Knoepfel, 1987, p.77), que podem ser obtidas por estudos empíricos preliminares em cada campo político.
O exame da vida de certas políticas setoriais, sobretudo de caráter dinâmico e polêmico, não deixa dúvidas referentes à interdependência entre os processos e os resultados das políticas. O incremento da "consciência social", reforça o conflito entre interesses econômicos e sociedade, dimensionando os problemas que tem conduzido à cristalização de constelações de interesses e entraves, que são causados por projetos elaborados pro agentes planejadores, e isso deve ser considerado um processo político, por ser intermediado por estruturas institucionais, que refletem essa gama explicita de interesses, e sem dúvida, ocorre então, a resistência por parte de interesses econômicos afetados, o que representa uma modificação da condição de 'politics'.
Entendo então, e é exemplificado pelos teóricos citados, que a PP deva ser implementada com o intuito de propiciar o desenvolvimento social, visando o bem estar dos cidadãos, e que toda a PP, em detrimento da linha de atuação, têm o mesmo e determinado fim. A forma com que são postas é que privilegiam alguns setores, e isso causa conflitos e desacordos, propiciando o desvio e a corrupção, que consternam e minam os cofres públicos, causam descrédito às instituições e desanimo social, desencorajando o desejo de reação do povo, principalmente quando da eleição dos seus representantes, e deixam à mercê de encantadores políticos o ônus das instituições que gerenciam as verbas e atuam na defesa dos nossos interesses, é uma parcela de "sujeitos" que usam do engodo e engordam suas contas. Sinto que mesmo no âmbito da Universidade, jovens preparam-se para enfileirar essa parcela de sanguessugas, pois atuam proporcionalmente dentro do que lhes é oferecido, de forma idêntica, e invejam condições que pessoas conseguem adquirir por meio ilícito, quando da manipulação de oportunidades e passam a trabalhar com cartas marcadas. As oportunidades surgidas na academia são também exemplificações de PP, visto que deveriam privilegiar a escolha por competência, por virtudes de aptidão e não por afinidades. Poderia ser então que, agindo de forma correta, os projetos passassem a render e desenvolver as aspirações para os quais foram concebidos e financiados, isso visto que essas verbas são de ordem pública e têm sua origem nos impostos pagos pela população, então, essas pesquisas tornam-se pesquisas públicas e deveriam propiciar o desenvolvimento, quaisquer que seja a área de atuação.
Vejo que as PP estão minadas, mas mesmo assim são importantes e indispensáveis, e sem elas, não haveria como se administrar a ordem social, não se poderia cuidar da saúde do cidadão, não se cuidaria da educação, da economia, da ecologia,...da vida. Viver-mos-ia o caos, e talvez, seria impossível a convivência social entre os humanos. Ultimamente o Governo Federal, quando da formalização do Plano Plurianual 2008-2011, no que diz respeito à educação, volta-se à toda força a formar jovens conscientes e honestos, investindo na formação de profissionais par atuarem no ensino básico e fundamental, projetando uma melhoria a ser alcançada dentro de 15 anos. Fica evidenciada a intencionalidade de formarem-se novos cidadãos, estão investindo diretamente na criança, ao que parece, perde-se a fé na honestidade dentro da sociedade que está posta, e o jovem de 18 a 30 anos, é a parcela principal desta sociedade. Onde está então a honestidade?... perdera-se, assim como se perdeu a pureza e a essência...
REFERÊNCIAS:
FREY,Klaus. Políticas Públicas: Um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil.
LEAL, Rogério Gesta. Teoria do Estado: Cidadania e poder político na modernidade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1977.
PLANO PLURIANUAL DO GOVERNO FEDERAL 2008-2011
PEREZ, José Roberto Rus. Avaliação do processo de implementação: algumas questões metodológicas. In Elizabeth Melo Rico (org):Avaliação de politicas públicas sociais: Uma questão em debate: São Paulo: Cortez. 1998,p.65-73
domingo, 8 de março de 2009
A QUEM PERTENCE E A QUE SE DESTINA A UNIVERSIDADE PÚBLICA.
Esse texto tem o objetivo de fomentar a discussão sobre sentimentos pertinentes e impertinentes, que assolam e deturpam as interpretações de jovens e famílias, quando vêm a possibilidade do acesso ao ensino superior por seus membros, através do acesso à escola de ensino superior, pública.
Vejamos: entendamos que “escola pública”, é construída, mantida, e funciona em todas as suas instâncias, com verba que advém do pagamento dos impostos pela sociedade. Então, quando uma família, por competência de um de seus membros, é agraciada com o contato com a universidade pública, por um de seus membros, espera essa família que nesse espaço educativo, se encontre o que há de melhor em educabilidade, e que se aflorem sonhos e possibilidades antes inacessíveis. Não é o que ocorre.
Ao manter o primeiro contato com a universidade, o educando fica embriagado e em êxtase com a possibilidade. Passa a tomar posse e contato, bem como à produção de conhecimentos novos, que o encanta, e afloram possibilidades de fazer pelo social, pela escola de ensino fundamental e médio, e o educando passa a sentir-se útil e a valorizar o entendimento e possibilidade pelo educativo. Entende esse aluno que está sendo preparado para educar, que deve estar trilhando o que de melhor se conhece das questões educacionais, e que em breve poderá dar seu quinhão de contribuição a todos os alunos que estão nas escolas e esperam e sonham com a possibilidade de acessar ao ensino superior, e não há como se desvincular esse acesso, do sonho do propiciamento de uma vida mais condigna.
Não entendo então o que ocorre na escola de ensino superior. Ministra-se um curso de Pedagogia, a alunos que, em sua maioria, não estão imbuídos da necessidade do educativo em formar educadores de qualidade e cientes das necessidades das escolas de ensino fundamental e médio, de profissionais da educação. Professores visionários que pensem em formar um país melhor, que entendam que alicerçar uma educação de qualidade, é alimentar o sonho social de melhoria da qualidade de vida da população de um país ( no caso, o nosso). O Economista e especialista em educação, Erich Hanushek, em seus atuais estudos comprova que:
Existe uma forte relação entre educação e crescimento econômico. Com o Brasil nas últimas colocações em rankings internacionais de ensino, o que se pode dizer sobre a economia? Com esse desempenho, as chances de o Brasil crescer em ritmo chinês e se tornar mais competitivo no cenário internacional são mínimas. Digo isso baseado nos números que reuni ao longo das últimas décadas. Eles mostram que avanços na sala de aula têm peso decisivo para a evolução dos indicadores econômicos de um país. Olhe o caso brasileiro. Se as notas dos estudantes subissem apenas 15% nas avaliações, o Brasil somaria, a cada ano, meio ponto porcentual às suas taxas de crescimento. Isso significaria, hoje, avançar em um ritmo 10% maior. Vale observar que o que impulsiona a economia é a qualidade da educação, e não a quantidade de alunos na escola.(Revista VEJA)
Em seu estudo, o economista e especialista em educação, conseguiu comprovar que a educação de qualidade consegue melhorar significativamente a qualidade de vida das comunidades e sociedades. Hoje vemos que a Coréia do Sul e Finlândia, conseguem promover evolução extraordinária na qualidade de vida de seu povo, em todos os níveis, e conseguem índices de crescimento invejáveis, e isso vem acontecendo ultimamente com a China. E continua:
"Com o baixo nível apresentado pelos alunos brasileiros hoje,as chances de a economia deslanchar são mínimas"
Segundo Hanushek, a qualidade do ensino e aceitabilidade, a qualidade da educação de um povo esta ligado diretamente à melhoria dos índices de qualidade de vida e de desenvolvimento desses países.
A massificação do ensino, por si só, tem pouco efeito – e a matemática não deixa dúvida quanto a isso. Os dados mostram que a influência da educação passa a ser decisiva apenas quando ela é de bom nível. Aí, sim, consegue empurrar os indivíduos e a economia. A relação é simples. Países capazes de proporcionar bom ensino a muita gente ao mesmo tempo elevam rapidamente o padrão de sua força de trabalho. Quando uma população atinge alta capacidade de raciocínio e síntese, torna-se naturalmente mais produtiva e capaz de criar riquezas para o país. Nesse sentido, a posição do Brasil é desvantajosa. Faltam aos alunos habilidades cognitivas básicas, e isso funciona como um freio de mão para o crescimento. Esse cenário, que já era preocupante décadas atrás, agora é ainda mais nocivo.
O que fica incompreensível, são as relações alunos-educativo que acontecem na escola. As atitudes e direcionamentos, quando não para propiciarem oportunidades individuais, não são coerentes com os anseios sociais, que são as pessoas pagantes e que propiciam e oportunizam todo o processo. Muito pouco se tem de atitudes que prestigiem o desenvolvimento das inter-relações entre o corpo biológico da escola e o social. Sente-se que muitos têm potencial e aptidão para desenvolverem atividades correlatas, mas não vemos propiciar ou oportunizar atividades ou intenções que ascendam nesses discentes a chama do “amor ao educativo” tão difundido por Luckesi, nem ao ”o amor ao social e aos menos favorecidos, nos processos de letramento e de desenvolvimento” tão evidenciado por Freire. Perdem-se no meio de tantos desmotivados e outros tantos alienados, os visionários e os que têm aptidão nata. Alguns, são fisgados por grupos que são verdadeiros encantadores, e se deixam enredar por caminhos sem graça. Talvez, a própria falta de oportunidades vivida antes por esses alunos, os deixem vulneráveis, e os mesmos se encantam por promessas pequenas, salários pequenos, vidas pequenas. Cheguei a ouvir de um aluno que estava satisfeito com o salário que conseguira, e vi seu deslumbramento, senti que ali, que naquela pessoa o sentimento pedagógico perdera-se. A sociedade e o país, não mais pode esperar nada que propicie melhoria a seu povo que advenha desse discente. No futuro, talvez, esse aluno será professor de outros tantos na universidade e propiciará a alienação e entrave dos processos evolutivos, e aí outros tantos como eu, não entenderão a que se destina a UNIVERSIDADE.
Em outubro de 2008, em entrevista á revista ‘NOVA ESCOLA’, Fernando Haddad (Ministro da Educação), declara ser a formação docente, prioridade para o Ministério, e que é essencial que as universidades públicas preparem mais e melhores professores para o Ensino Fundamental.
“Dar aula não é nada simples, talvez seja a atividade mais sofisticada que a espécie humana já concebeu” (Fernando Haddad). Segundo o mesmo, o governo prioriza os cursos de Pedagogia, Medicina e Direito, na lista dos processos avaliativos nacionais das faculdades e universidades, e isso é uma tentativa de aprimoramento. “É preciso que as faculdades adaptem os currículos dos cursos de Pedagogia à realidade da sala de aula” (Haddad). Sinto que o governo está consciente da necessidade do propiciamento de formação de educadores preocupados com o alicerçamento educacional brasileiro. O que vejo é vir à evidência a fala do Senador e Educador Cristovan Buarque, quando diz que “pessoa educada não se deixa escravizar”. O que causa apreensão, é a percepção que a grande maioria dos futuros educadores serão aqueles alunos que hoje na escola se deixam alienar e direcionam e abusam das oportunidades deixadas pelos colegas, por trabalharem, por serem mas concisos, quietos, ou mesmo por aqueles que já se desalentaram e preferem evitar embates, e deixam a água passar por baixo da ponte, e vão e andam, e andam e vão...e aí, sinto o chamamento do povo através dos governantes, dos diretores e gestores, de algumas associações, de algumas ONG’s, de algumas pessoas. De quem escreve como Thais Gurgel (NOVA ESCOLA, outubro 2008) quando diz:
“De todos os fatores que influenciam a qualidade da escola, o professor é, sem dúvida, o mais importante, por isso, a formação (inicial e continuada) faz tanta diferença – para o bem e para o mal. No Brasil, infelizmente, para o mal”.
No meu entender, a qualidade da formação, bem como do profissional que você irá ser, depende das tuas escolhas dentro da universidade. A tua atuação são como as pedras e argamassa que usamos quando da construção do alicerce, e tornar-se bom educador, depende unicamente das tuas atitudes e de teus desempenhos. Prioritário lembrar-se que, és como uma imagem no espelho, e tuas atitudes e escolhas, são teu reflexo.
Nesse curto período que tenho a satisfação de perpassar pela escola, já fui ameaçado, odiado, criticado,... andam a investigar minha vida pessoal e minha atuação dentro da escola. Por certa feita, um colega acirradamente falara: “Você também tem telhado de vidro”. Bom, nunca pensei nisso, apenas vivo um dia após outro. Fiquei frustrado com a atuação de alguns colegas de escola, principalmente aqueles que nos representam e usam essa representatividade de forma escusa. Quando brigávamos e discutíamos em sala no inicio do curso, parecia-me que era a busca. Mas não o era. Era mesmo divergência de personalidade e honradez, de princípios e moralidade, de ética. Investiguem meu ‘telhado de vidro’, para postar minha indignidade, eu não preciso investigar ninguém.
Soares
Bibiografia:
Revista NOVA ESCOLA – outubro 2008
MANIFESTO EDUCADIONISTA
Revista EDUCAR – maio 2008
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido
HANUSHEK, Erick – entrevista revista VEJA (Educação é Dinheiro)
Vejamos: entendamos que “escola pública”, é construída, mantida, e funciona em todas as suas instâncias, com verba que advém do pagamento dos impostos pela sociedade. Então, quando uma família, por competência de um de seus membros, é agraciada com o contato com a universidade pública, por um de seus membros, espera essa família que nesse espaço educativo, se encontre o que há de melhor em educabilidade, e que se aflorem sonhos e possibilidades antes inacessíveis. Não é o que ocorre.
Ao manter o primeiro contato com a universidade, o educando fica embriagado e em êxtase com a possibilidade. Passa a tomar posse e contato, bem como à produção de conhecimentos novos, que o encanta, e afloram possibilidades de fazer pelo social, pela escola de ensino fundamental e médio, e o educando passa a sentir-se útil e a valorizar o entendimento e possibilidade pelo educativo. Entende esse aluno que está sendo preparado para educar, que deve estar trilhando o que de melhor se conhece das questões educacionais, e que em breve poderá dar seu quinhão de contribuição a todos os alunos que estão nas escolas e esperam e sonham com a possibilidade de acessar ao ensino superior, e não há como se desvincular esse acesso, do sonho do propiciamento de uma vida mais condigna.
Não entendo então o que ocorre na escola de ensino superior. Ministra-se um curso de Pedagogia, a alunos que, em sua maioria, não estão imbuídos da necessidade do educativo em formar educadores de qualidade e cientes das necessidades das escolas de ensino fundamental e médio, de profissionais da educação. Professores visionários que pensem em formar um país melhor, que entendam que alicerçar uma educação de qualidade, é alimentar o sonho social de melhoria da qualidade de vida da população de um país ( no caso, o nosso). O Economista e especialista em educação, Erich Hanushek, em seus atuais estudos comprova que:
Existe uma forte relação entre educação e crescimento econômico. Com o Brasil nas últimas colocações em rankings internacionais de ensino, o que se pode dizer sobre a economia? Com esse desempenho, as chances de o Brasil crescer em ritmo chinês e se tornar mais competitivo no cenário internacional são mínimas. Digo isso baseado nos números que reuni ao longo das últimas décadas. Eles mostram que avanços na sala de aula têm peso decisivo para a evolução dos indicadores econômicos de um país. Olhe o caso brasileiro. Se as notas dos estudantes subissem apenas 15% nas avaliações, o Brasil somaria, a cada ano, meio ponto porcentual às suas taxas de crescimento. Isso significaria, hoje, avançar em um ritmo 10% maior. Vale observar que o que impulsiona a economia é a qualidade da educação, e não a quantidade de alunos na escola.(Revista VEJA)
Em seu estudo, o economista e especialista em educação, conseguiu comprovar que a educação de qualidade consegue melhorar significativamente a qualidade de vida das comunidades e sociedades. Hoje vemos que a Coréia do Sul e Finlândia, conseguem promover evolução extraordinária na qualidade de vida de seu povo, em todos os níveis, e conseguem índices de crescimento invejáveis, e isso vem acontecendo ultimamente com a China. E continua:
"Com o baixo nível apresentado pelos alunos brasileiros hoje,as chances de a economia deslanchar são mínimas"
Segundo Hanushek, a qualidade do ensino e aceitabilidade, a qualidade da educação de um povo esta ligado diretamente à melhoria dos índices de qualidade de vida e de desenvolvimento desses países.
A massificação do ensino, por si só, tem pouco efeito – e a matemática não deixa dúvida quanto a isso. Os dados mostram que a influência da educação passa a ser decisiva apenas quando ela é de bom nível. Aí, sim, consegue empurrar os indivíduos e a economia. A relação é simples. Países capazes de proporcionar bom ensino a muita gente ao mesmo tempo elevam rapidamente o padrão de sua força de trabalho. Quando uma população atinge alta capacidade de raciocínio e síntese, torna-se naturalmente mais produtiva e capaz de criar riquezas para o país. Nesse sentido, a posição do Brasil é desvantajosa. Faltam aos alunos habilidades cognitivas básicas, e isso funciona como um freio de mão para o crescimento. Esse cenário, que já era preocupante décadas atrás, agora é ainda mais nocivo.
O que fica incompreensível, são as relações alunos-educativo que acontecem na escola. As atitudes e direcionamentos, quando não para propiciarem oportunidades individuais, não são coerentes com os anseios sociais, que são as pessoas pagantes e que propiciam e oportunizam todo o processo. Muito pouco se tem de atitudes que prestigiem o desenvolvimento das inter-relações entre o corpo biológico da escola e o social. Sente-se que muitos têm potencial e aptidão para desenvolverem atividades correlatas, mas não vemos propiciar ou oportunizar atividades ou intenções que ascendam nesses discentes a chama do “amor ao educativo” tão difundido por Luckesi, nem ao ”o amor ao social e aos menos favorecidos, nos processos de letramento e de desenvolvimento” tão evidenciado por Freire. Perdem-se no meio de tantos desmotivados e outros tantos alienados, os visionários e os que têm aptidão nata. Alguns, são fisgados por grupos que são verdadeiros encantadores, e se deixam enredar por caminhos sem graça. Talvez, a própria falta de oportunidades vivida antes por esses alunos, os deixem vulneráveis, e os mesmos se encantam por promessas pequenas, salários pequenos, vidas pequenas. Cheguei a ouvir de um aluno que estava satisfeito com o salário que conseguira, e vi seu deslumbramento, senti que ali, que naquela pessoa o sentimento pedagógico perdera-se. A sociedade e o país, não mais pode esperar nada que propicie melhoria a seu povo que advenha desse discente. No futuro, talvez, esse aluno será professor de outros tantos na universidade e propiciará a alienação e entrave dos processos evolutivos, e aí outros tantos como eu, não entenderão a que se destina a UNIVERSIDADE.
Em outubro de 2008, em entrevista á revista ‘NOVA ESCOLA’, Fernando Haddad (Ministro da Educação), declara ser a formação docente, prioridade para o Ministério, e que é essencial que as universidades públicas preparem mais e melhores professores para o Ensino Fundamental.
“Dar aula não é nada simples, talvez seja a atividade mais sofisticada que a espécie humana já concebeu” (Fernando Haddad). Segundo o mesmo, o governo prioriza os cursos de Pedagogia, Medicina e Direito, na lista dos processos avaliativos nacionais das faculdades e universidades, e isso é uma tentativa de aprimoramento. “É preciso que as faculdades adaptem os currículos dos cursos de Pedagogia à realidade da sala de aula” (Haddad). Sinto que o governo está consciente da necessidade do propiciamento de formação de educadores preocupados com o alicerçamento educacional brasileiro. O que vejo é vir à evidência a fala do Senador e Educador Cristovan Buarque, quando diz que “pessoa educada não se deixa escravizar”. O que causa apreensão, é a percepção que a grande maioria dos futuros educadores serão aqueles alunos que hoje na escola se deixam alienar e direcionam e abusam das oportunidades deixadas pelos colegas, por trabalharem, por serem mas concisos, quietos, ou mesmo por aqueles que já se desalentaram e preferem evitar embates, e deixam a água passar por baixo da ponte, e vão e andam, e andam e vão...e aí, sinto o chamamento do povo através dos governantes, dos diretores e gestores, de algumas associações, de algumas ONG’s, de algumas pessoas. De quem escreve como Thais Gurgel (NOVA ESCOLA, outubro 2008) quando diz:
“De todos os fatores que influenciam a qualidade da escola, o professor é, sem dúvida, o mais importante, por isso, a formação (inicial e continuada) faz tanta diferença – para o bem e para o mal. No Brasil, infelizmente, para o mal”.
No meu entender, a qualidade da formação, bem como do profissional que você irá ser, depende das tuas escolhas dentro da universidade. A tua atuação são como as pedras e argamassa que usamos quando da construção do alicerce, e tornar-se bom educador, depende unicamente das tuas atitudes e de teus desempenhos. Prioritário lembrar-se que, és como uma imagem no espelho, e tuas atitudes e escolhas, são teu reflexo.
Nesse curto período que tenho a satisfação de perpassar pela escola, já fui ameaçado, odiado, criticado,... andam a investigar minha vida pessoal e minha atuação dentro da escola. Por certa feita, um colega acirradamente falara: “Você também tem telhado de vidro”. Bom, nunca pensei nisso, apenas vivo um dia após outro. Fiquei frustrado com a atuação de alguns colegas de escola, principalmente aqueles que nos representam e usam essa representatividade de forma escusa. Quando brigávamos e discutíamos em sala no inicio do curso, parecia-me que era a busca. Mas não o era. Era mesmo divergência de personalidade e honradez, de princípios e moralidade, de ética. Investiguem meu ‘telhado de vidro’, para postar minha indignidade, eu não preciso investigar ninguém.
Soares
Bibiografia:
Revista NOVA ESCOLA – outubro 2008
MANIFESTO EDUCADIONISTA
Revista EDUCAR – maio 2008
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido
HANUSHEK, Erick – entrevista revista VEJA (Educação é Dinheiro)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
DESCOMPROMISSO
Há algum tempo tenho acompanhado as relações e atitudes dos alunos que se envolvem com a representatividade dos colegas, no campus. Ano passado, juntamente com alguns amigos brigamos dentro da academia (UNEB - CAMPUS XVI), para que houvesse o propiciamento de eleições lícitas ao Diretório Acadêmico, pois os desmandos da administração que atuava, já por demais haviam demonstrado sinais de incompetência e descaso com os interesses do corpo discente da escola, e as atitudes eram sempre direcionadas ao propiciamento de desenvolvimento individual ou de alguns que simpatizavam ou corroboravam com as atitudes e desmandos dos representantes.
Outrossim, o que chamou-me a atenção, é que os alunos que nos representam estão sempre ligados ao direcionamento de esquerda da academia, e têm uma maneira suja e desonrosa de agirem (não estou aqui, deturpando o esquerdismo, apenas é a verdade) passando por cima de tudo e todos para que seus anseios e desejos, bem como o que propicie o empreguismo dos mesmos, seja alcançado a qualquer custo. O que eles não entendem, é que esses desmandos incomodam e alijam aqueles que realmente anseiam por uma escola melhor e pensam no entendimento daquilo que é proposto na escola.
Já na ultima eleição, ficou evidente a manipulação de atitude por esses alunos, diga-se de passagem que o fizeram de forma competentíssima, para que não houvesse eleição lícita ao DA. Manipularam as inscrições de forma que as outras chapas perdessem o prazo, e o fizeram para que saísse sua chapa, como chapa única, e num total de 800 alunos aproximadamente, conseguiram ser eleitos com 140 votos e hoje nos representam. Não houveram votos contrários, pois não havia em quem votar...
Após a eleição dos mesmos, passaram ao ataque à administração da Escola, acusando-os principalmente de propiciar a liberação de professores ao Mestrado, pois segundo os mesmos isso somente deveria acontecer após a contratação de novos professores, devido a falta de professores no Campus (Muitos semestres estão defasados em suas aulas e pagam aulas no período de férias), e foram excessivamente enfáticos ao declararem repúdio à liberação dos docentes. Hoje, vemos que esses mesmos alunos agem de acordo com o que lhes proporcionam conveniência. Há alguns dias aconteceu dentro da academia a reunião do Colegiado onde foram liberados três professores para estudos (dois para doutorado e um para mestrado), e nossos representantes legais com direito a voto, não compareceram à reunião, se abstendo do direito de voto, o que causou estranheza. Como se foram enfáticos, quando da penúltima liberação de professores, em se colocarem contra, se abstiveram até mesmo de comparecerem à reunião?...Não foi difícil para que eu entendesse o porque dessa abstenção.
Apenas passei a abservação dos nomes dos professores liberados. Amigos...é justa a liberação dos docentes, pois os mesmos não têm culpa da falta efetiva de
professores e não se justifica a poda de formação dos nossos educadores. Possivelmente os mesmos fossem liberados mesmo com o voto contra dos nossos representantes, mas ficaria ali, no documento outorgado quando da reunião, explicitado que os discentes não estão satisfeitos com o problema e o descaso de quem de direito com relação à falta de professores em nosso Campus. O que incomoda e me deixa envergonhado, é a forma e intencionalidade com que são feitas as coisas dentro da academia. Os nossos amigos não estão preocupados com nossos problemas quanto alunos, com os problemas que afligem o corpo discente, e sim com atitudes que propiciem, mesmo que por aleijamento do educativo, desenvolvimento, assoberbamento e apadrinhamento dos mesmos por quem lhes possa propiciar, de imediato ou no futuro, oportunidades. Vemos que são organizadas reuniões apenas para fomento de "diversão". Muitos de nossos amigos precisam de oportunidade junto as escolas, precisam mesmo de ganhar alguns tostões, que lhes possibilitem tranquilidade até, no contato com a escola e o aprendizado, mas isso não ocorre. Sempre as oportunidades são dadas ao mesmo pessoal, e os mesmos aprontam nos espaços das escolas e fecham as portas das instituições, comparecem para desempenharem suas funções alterados, aprontam...mas isso é outra história...
Bem pessoal e amigos, colegas...aos meus 48 anos faço pedagogia junto com vcs, jovens, meninos até...e me orgulho disso. Possivelmente não venha a usufruir de ganhos substanciais que propiciem mudança no meu cotidiano...mas sou um visionário, um "educacionista", e luto por uma escola melhor porque tenho meus descendentes que se Deus permitir, haverão de estar numa escola melhor. Sei que quase sempre me excedo na fala e no tato do trato com vcs, mas é porque vcs estarão educando os meus, os nossos filhos. E acho mesmo que não se consegue desenvolvimento sem educação de qualidade, esmeradamente e polidamente limpa. Não gostaria mesmo que minhas netas fossem educadas por pessoas que usam drogas, que propiciam a promiscuidade dentro do educativo, que não se importam com o social, que somente olham o desenvolvimento do próprio umbigo. Quase sempre fico a abservar algumas professoras que estudam conosco, em sala, e tenho orgulho delas, da luta...são boas pessoas, e olhem estou-me surpreendendo com a força das mesmas, pois não se deixam influenciar, são fortes.
SOARES 4º SEMESTRE PEDAGOGIA
Outrossim, o que chamou-me a atenção, é que os alunos que nos representam estão sempre ligados ao direcionamento de esquerda da academia, e têm uma maneira suja e desonrosa de agirem (não estou aqui, deturpando o esquerdismo, apenas é a verdade) passando por cima de tudo e todos para que seus anseios e desejos, bem como o que propicie o empreguismo dos mesmos, seja alcançado a qualquer custo. O que eles não entendem, é que esses desmandos incomodam e alijam aqueles que realmente anseiam por uma escola melhor e pensam no entendimento daquilo que é proposto na escola.
Já na ultima eleição, ficou evidente a manipulação de atitude por esses alunos, diga-se de passagem que o fizeram de forma competentíssima, para que não houvesse eleição lícita ao DA. Manipularam as inscrições de forma que as outras chapas perdessem o prazo, e o fizeram para que saísse sua chapa, como chapa única, e num total de 800 alunos aproximadamente, conseguiram ser eleitos com 140 votos e hoje nos representam. Não houveram votos contrários, pois não havia em quem votar...
Após a eleição dos mesmos, passaram ao ataque à administração da Escola, acusando-os principalmente de propiciar a liberação de professores ao Mestrado, pois segundo os mesmos isso somente deveria acontecer após a contratação de novos professores, devido a falta de professores no Campus (Muitos semestres estão defasados em suas aulas e pagam aulas no período de férias), e foram excessivamente enfáticos ao declararem repúdio à liberação dos docentes. Hoje, vemos que esses mesmos alunos agem de acordo com o que lhes proporcionam conveniência. Há alguns dias aconteceu dentro da academia a reunião do Colegiado onde foram liberados três professores para estudos (dois para doutorado e um para mestrado), e nossos representantes legais com direito a voto, não compareceram à reunião, se abstendo do direito de voto, o que causou estranheza. Como se foram enfáticos, quando da penúltima liberação de professores, em se colocarem contra, se abstiveram até mesmo de comparecerem à reunião?...Não foi difícil para que eu entendesse o porque dessa abstenção.
Apenas passei a abservação dos nomes dos professores liberados. Amigos...é justa a liberação dos docentes, pois os mesmos não têm culpa da falta efetiva de
professores e não se justifica a poda de formação dos nossos educadores. Possivelmente os mesmos fossem liberados mesmo com o voto contra dos nossos representantes, mas ficaria ali, no documento outorgado quando da reunião, explicitado que os discentes não estão satisfeitos com o problema e o descaso de quem de direito com relação à falta de professores em nosso Campus. O que incomoda e me deixa envergonhado, é a forma e intencionalidade com que são feitas as coisas dentro da academia. Os nossos amigos não estão preocupados com nossos problemas quanto alunos, com os problemas que afligem o corpo discente, e sim com atitudes que propiciem, mesmo que por aleijamento do educativo, desenvolvimento, assoberbamento e apadrinhamento dos mesmos por quem lhes possa propiciar, de imediato ou no futuro, oportunidades. Vemos que são organizadas reuniões apenas para fomento de "diversão". Muitos de nossos amigos precisam de oportunidade junto as escolas, precisam mesmo de ganhar alguns tostões, que lhes possibilitem tranquilidade até, no contato com a escola e o aprendizado, mas isso não ocorre. Sempre as oportunidades são dadas ao mesmo pessoal, e os mesmos aprontam nos espaços das escolas e fecham as portas das instituições, comparecem para desempenharem suas funções alterados, aprontam...mas isso é outra história...
Bem pessoal e amigos, colegas...aos meus 48 anos faço pedagogia junto com vcs, jovens, meninos até...e me orgulho disso. Possivelmente não venha a usufruir de ganhos substanciais que propiciem mudança no meu cotidiano...mas sou um visionário, um "educacionista", e luto por uma escola melhor porque tenho meus descendentes que se Deus permitir, haverão de estar numa escola melhor. Sei que quase sempre me excedo na fala e no tato do trato com vcs, mas é porque vcs estarão educando os meus, os nossos filhos. E acho mesmo que não se consegue desenvolvimento sem educação de qualidade, esmeradamente e polidamente limpa. Não gostaria mesmo que minhas netas fossem educadas por pessoas que usam drogas, que propiciam a promiscuidade dentro do educativo, que não se importam com o social, que somente olham o desenvolvimento do próprio umbigo. Quase sempre fico a abservar algumas professoras que estudam conosco, em sala, e tenho orgulho delas, da luta...são boas pessoas, e olhem estou-me surpreendendo com a força das mesmas, pois não se deixam influenciar, são fortes.
SOARES 4º SEMESTRE PEDAGOGIA
domingo, 28 de setembro de 2008
EDUCAR...UM ATO DE AMOR.
EDUCAR...UM ATO DE AMOR.
Tinha que entender o processo cognitivo e relações existentes entre docentes e discentes, bem como a problemática com relação à evasão crescente que ocorre nos espaços destinados aos procedimentos educacionais. Passei então à elaboração do Projeto “Tira Dúvidas”, o qual, após a apresentação do mesmo a Escola Estadual Luiz Viana Filho, nesta cidade, e sendo o projeto apreciado e aprovado pela diretoria da escola, organizei e passei juntamente com dois outros colegas a ministrar aulas de química, física e matemática, onde discorríamos sobre os assuntos dados durante a semana pelos professores das referidas matérias, e passávamos, sempre aos sábados à tarde, a efetuação dos exercícios que eventualmente deixavam dúvidas.
Percebi então que a maioria dos alunos não tinha a mínima noção do que se discutia em sala, e menos noção ainda, do entendimento da matéria. Esse fato, segundo minhas observações, esta diretamente ligado à dispersão dos alunos, e passei a perceber que os mesmos deixavam a sala durante as aulas não por negligência com os estudos, e sim, por não compreenderem o que se propunha ao entendimento, nem as resoluções dos problemas correlativos quando da solução das preposições. Causou-me estranheza o fato de, o que no inicio pareceu uma grande idéia, como fora a implantação do “Tira Dúvidas”, tenha tido tão pouca adesão dos alunos. Aconteceu então que, devido a necessidade de ausência do professor da matéria, fui convidado a substituir o mesmo e passei a ministrar aulas de Física, durante a semana, aos alunos do EJA- Educação de Jovens e Adultos, do ultimo período. Percebi então que 42 de 49 alunos da sala 1-A, 3º ano, não entendiam operações com sinais, operações com números fracionários, raiz quadrada, etc., que são noções básicas da matemática, para que se passe ao desenvolvimento de problemas básicos de Física, tendo em vista que estudávamos Movimento Retilíneo Uniforme e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
Após a constatação do fato, decidimos iniciar um processo de recuperação da matéria, onde passamos a ministrar aulas básicas correlativas ao entendimento e resoluções de problemas iniciais com a matemática, e para nossa surpresa e prazer, passamos a viver o verso do processo que se iniciara, passamos a ver o fim da dispersão, passamos a conhecer alunos que até então não haviam comparecido à aula. Alunos que não compreendiam os exercícios de Física, conseguiram por fim resolve-los, e para minha grata felicidade, passamos adiante na matéria, e propiciou-se a discussão da problemática criada com o pouco que conseguiram entender, queriam mais e discutiam mais, perguntavam mais, produziram mais. As aulas de Física são ministradas em dois horários seqüentes, com intervalo de 10 minutos entre elas, o que passou por várias vezes despercebido, e entrava-mos no intervalo maior, sem que nenhum aluno deixasse a sala de aula, e por vezes os alunos da outra sala vinham à porta chamar-me para que passasse-mos a aula do outro grupo.
Os parágrafos anteriores, reservei-me ao relato da experiência vivida com os alunos do EJA do Colégio Luiz Viana Filho, em seguida, passo ao relato das observações feitas durante as aulas, que perduraram no período de 03 de março a 05 de junho de 2008.
Fica evidente a falta de interesse do professor em propiciar o conhecimento aos alunos, pois não se pode acreditar que, o que tenha sido por mim percebido, quanto aluno ainda de Pedagogia, não seja percebido por professor do Estado. Em entrevista realizada com alguns alunos, foi declarado pelos mesmos que por vezes o professor dissera em sala, da incompetência dos alunos do EJA, e que os mesmos apenas ali estavam para a aquisição de um diploma de nível médio. Por várias vezes também, foi dito pelo professor, e fica explicitado aqui, que a afirmação não foi proferida apenas pelo professor de Física, que os mesmos (alunos do EJA) não têm a menos chance no vestibular e que podem se dar por felizes em concluir ensino médio. Declaro desde já o meu repudio a esse tipo de declaração ou forma de educar, e lembro que fui aluno do CPA – Comissão Permanente de Avaliação, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, que é uma avaliação supletiva, onde o aluno estuda em casa e apenas comparece à escola para a realização das provas avaliativas, e hoje estou no Terceiro Semestre do Curso de Pedagogia 2007.1, No Campus XVI, da Universidade do Estado da Bahia. Atitudes como essas causam:
- Descontentamento nos discentes;
- Desalento;
- Descrédito;
- Desconfiança;
Nasce no estudante um grande sentimento de incompetência no aprender, e o mesmo passa a indagação quanto a verdadeira importância da matéria com relação à sua aplicabilidade. Foi por mim percebido também a existência de alunos que nada querem, e que por vezes, passam a tentativa de deturpação da aula, com brincadeira sem nexo, sem lenço e sem documento, mas que segundo minhas observações, se a interatividade estiver propiciando o conhecimento e despertando o interesse dos discentes, os mesmos resolvem o problema e por vezes, não se faz necessária a intervenção do professor, e que nas aulas subseqüentes, esses alunos problemas passam a participação ativa e efetiva, pois têm potencial de absorção da matéria bem como entendimento, superior àqueles que esforçam-se mais, o que evidencia ainda mais que a aula de má qualidade leva esses alunos a dispersão e à tentativa de bagunçar o ambiente educativo, por acharem que o professor é incompetente e que não sabe ensinar.
Lembro do tempo em que esquentava os bancos escolares, e quão grande é a diferença da atitude do professor de hoje se comparada à atitude do professor de outrora. Sempre existiram alunos relapsos e problemáticos, mas os professores tinham autoridade e impunham-se. É conflitante discutir-se imposição nos nossos dias, principalmente no âmbito educativo, mas é o que existe também nos dias de hoje. Os alunos das escolas particulares têm um melhor desempenho devido a consciência que é construída nos mesmos de forma impositiva, pelos pais, pela escola, pela sociedade, e isso deixa de ser visto como imposição porque eles aceitam com naturalidade, porque é construído nesses alunos a responsabilidade do investimento e a correlação com a perca do mesmo. Há um descaso do professor com o aluno do ensino supletivo, pois entende-se que esse aluno foi o aluno que no passado não quis nada com a escola, ou que tenha sido um aluno problema, e que a necessidade do certificado, pela imposição do emprego é que o tenha levado hoje à escola, o que é um erro. Em entrevistas com os alunos do EJA pude constatar que a maioria deles, não concluíram os estudos devido a inacessibilidade ou devido a urgência em trabalhar. Atitudes governamentais hoje, propiciam aos jovens maiores possibilidade com relação a essa acessibilidade educativa, não se alcançou ainda o ideal, mas em muito se melhorou as condições e se facilitou o acesso as escolas e universidades. Na minha juventude apenas os filhos dos senhores ricos (fortes comerciantes, doutores, latifundiários,etc.) é que conseguiam acessar o ensino superior. Lembro que meu amigo de infância Jeová (Vavazinho), que pelos sonhos dos seus pais tinha que aprender um oficio (profissão), foi por sua família enviado para estudar em Jequitibá, uma escola Católica que existia ou existe ainda no interior da Bahia, e nos vimos por mais duas ou três vezes ainda, e perdemos o contato. O professorado da minha infância tinha um sentimento maior de compromisso com os alunos, com a formação dos mesmos, sonhavam em ver um aluno que tivesse passado por sua mão acessar o ensino superior. Há pouco, antes de fazer o CPA, tive que efetuar uma pesquisa para levantar os dados de minha passagem pela Escola Paroquial na década de 70, e somente fui conseguir localiza-los quando já havia sido aprovado no vestibular, quando em contato com os professores que localizei em Capim Grosso – BA, a professora Valdetina chorou quando soube de minha aprovação, e me falou que nunca é tarde (referindo-se a minha idade) para que se consiga acesso ao ensino superior, e falou de como realizara seu sonho, e de quanto ficava feliz sempre que tomava conhecimento de que um aluno seu conseguira acessar o ensino superior. O conflitante, é que Ela nunca ganhou um bom salário, nunca teve condições de desenvolver um bom trabalho se pensar-mos nas condições de ensino que eram colocadas aos docentes na época.
Estudamos e aprendemos que educar é um ato amoroso, entendemos a necessidade avaliativa no acompanhamento do desenvolvimento do aluno (Lukcesi, Cipriano – 1999), a avaliação da aprendizagem se torna importante quando o docente tem consciência de formar o sujeito, crítico, técnico e necessário à continuidade do propiciamento adequado no processo de qualificação de cidadãos ciosos dos seus direitos e deveres, entendedores que, o seu direito termina onde começa o do outro e vice-versa. È importante educar-se com seriedade e destreza, com o cuidado em formar sujeitos que preocupados com o bem estar de sua prole, para que não mais aumentem os índices de criminalidade que assolam o país. Criar com cuidado os filhos, em detrimento da classe social ou berço, educar para a vida, é preparar o cidadão que sabe amar o próximo, o cidadão que vê a miséria e preocupa-se com a falta de oportunidade que a humanidade tanto anseia. Países que foram destruídos após a segunda grande guerra, foram reconstruídos com investimentos maciços em educação, em processos que duraram por não menos que duas décadas, e hoje esses mesmos países são detentores de grande desenvolvimento, e propiciam ótima qualidade de vida a suas populações ( Japão, Itália, República Checa, Iugoslávia, Alemanha, etc.) com baixos índices de criminalidade, boa educação, boa qualidade de vida, e isso evidencia que, a melhor forma de propiciar melhoras a um povo é educando esse povo. Já existe hoje em nosso País, uma forte corrente de teóricos, sociólogos, políticos, estudantes, e cidadãos que exercem atividades das mais variadas, que acreditam nisso, e defendem a implementação do Educacionismo na nossa federação, como única forma de acelerar e efetivamente levar o nosso povo ao livre exercício da cidadania, onde se defende escolas igualitárias com os mesmos propiciamentos a ricos e pobres. Há ainda muita desconfiança em torno da proposta, pois a mesma partiu da ideologia do Senador da República, Cristóvão Buarque, e muitos vêm nessa atitude, uma forma de autopromoção, pois é da sapiência de todos que o mesmo Senador tenciona e almeja a Presidência da República. O que devemos pensar é: Não foi isso feito nos países que foram destruídos pela guerra?... Não foram tão radicais à termo de formarem escolas igualitárias, mas tiveram a coragem de investir fortemente em educação, e assumir que essa seria a melhor forma de reconstrução dos seus países, educando seu povo e ensinando-os a trabalhar com seriedade e consciência, participando assim efetivamente da reconstrução de pátrias semi-destruídas.
SOARES.
Tinha que entender o processo cognitivo e relações existentes entre docentes e discentes, bem como a problemática com relação à evasão crescente que ocorre nos espaços destinados aos procedimentos educacionais. Passei então à elaboração do Projeto “Tira Dúvidas”, o qual, após a apresentação do mesmo a Escola Estadual Luiz Viana Filho, nesta cidade, e sendo o projeto apreciado e aprovado pela diretoria da escola, organizei e passei juntamente com dois outros colegas a ministrar aulas de química, física e matemática, onde discorríamos sobre os assuntos dados durante a semana pelos professores das referidas matérias, e passávamos, sempre aos sábados à tarde, a efetuação dos exercícios que eventualmente deixavam dúvidas.
Percebi então que a maioria dos alunos não tinha a mínima noção do que se discutia em sala, e menos noção ainda, do entendimento da matéria. Esse fato, segundo minhas observações, esta diretamente ligado à dispersão dos alunos, e passei a perceber que os mesmos deixavam a sala durante as aulas não por negligência com os estudos, e sim, por não compreenderem o que se propunha ao entendimento, nem as resoluções dos problemas correlativos quando da solução das preposições. Causou-me estranheza o fato de, o que no inicio pareceu uma grande idéia, como fora a implantação do “Tira Dúvidas”, tenha tido tão pouca adesão dos alunos. Aconteceu então que, devido a necessidade de ausência do professor da matéria, fui convidado a substituir o mesmo e passei a ministrar aulas de Física, durante a semana, aos alunos do EJA- Educação de Jovens e Adultos, do ultimo período. Percebi então que 42 de 49 alunos da sala 1-A, 3º ano, não entendiam operações com sinais, operações com números fracionários, raiz quadrada, etc., que são noções básicas da matemática, para que se passe ao desenvolvimento de problemas básicos de Física, tendo em vista que estudávamos Movimento Retilíneo Uniforme e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
Após a constatação do fato, decidimos iniciar um processo de recuperação da matéria, onde passamos a ministrar aulas básicas correlativas ao entendimento e resoluções de problemas iniciais com a matemática, e para nossa surpresa e prazer, passamos a viver o verso do processo que se iniciara, passamos a ver o fim da dispersão, passamos a conhecer alunos que até então não haviam comparecido à aula. Alunos que não compreendiam os exercícios de Física, conseguiram por fim resolve-los, e para minha grata felicidade, passamos adiante na matéria, e propiciou-se a discussão da problemática criada com o pouco que conseguiram entender, queriam mais e discutiam mais, perguntavam mais, produziram mais. As aulas de Física são ministradas em dois horários seqüentes, com intervalo de 10 minutos entre elas, o que passou por várias vezes despercebido, e entrava-mos no intervalo maior, sem que nenhum aluno deixasse a sala de aula, e por vezes os alunos da outra sala vinham à porta chamar-me para que passasse-mos a aula do outro grupo.
Os parágrafos anteriores, reservei-me ao relato da experiência vivida com os alunos do EJA do Colégio Luiz Viana Filho, em seguida, passo ao relato das observações feitas durante as aulas, que perduraram no período de 03 de março a 05 de junho de 2008.
Fica evidente a falta de interesse do professor em propiciar o conhecimento aos alunos, pois não se pode acreditar que, o que tenha sido por mim percebido, quanto aluno ainda de Pedagogia, não seja percebido por professor do Estado. Em entrevista realizada com alguns alunos, foi declarado pelos mesmos que por vezes o professor dissera em sala, da incompetência dos alunos do EJA, e que os mesmos apenas ali estavam para a aquisição de um diploma de nível médio. Por várias vezes também, foi dito pelo professor, e fica explicitado aqui, que a afirmação não foi proferida apenas pelo professor de Física, que os mesmos (alunos do EJA) não têm a menos chance no vestibular e que podem se dar por felizes em concluir ensino médio. Declaro desde já o meu repudio a esse tipo de declaração ou forma de educar, e lembro que fui aluno do CPA – Comissão Permanente de Avaliação, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, que é uma avaliação supletiva, onde o aluno estuda em casa e apenas comparece à escola para a realização das provas avaliativas, e hoje estou no Terceiro Semestre do Curso de Pedagogia 2007.1, No Campus XVI, da Universidade do Estado da Bahia. Atitudes como essas causam:
- Descontentamento nos discentes;
- Desalento;
- Descrédito;
- Desconfiança;
Nasce no estudante um grande sentimento de incompetência no aprender, e o mesmo passa a indagação quanto a verdadeira importância da matéria com relação à sua aplicabilidade. Foi por mim percebido também a existência de alunos que nada querem, e que por vezes, passam a tentativa de deturpação da aula, com brincadeira sem nexo, sem lenço e sem documento, mas que segundo minhas observações, se a interatividade estiver propiciando o conhecimento e despertando o interesse dos discentes, os mesmos resolvem o problema e por vezes, não se faz necessária a intervenção do professor, e que nas aulas subseqüentes, esses alunos problemas passam a participação ativa e efetiva, pois têm potencial de absorção da matéria bem como entendimento, superior àqueles que esforçam-se mais, o que evidencia ainda mais que a aula de má qualidade leva esses alunos a dispersão e à tentativa de bagunçar o ambiente educativo, por acharem que o professor é incompetente e que não sabe ensinar.
Lembro do tempo em que esquentava os bancos escolares, e quão grande é a diferença da atitude do professor de hoje se comparada à atitude do professor de outrora. Sempre existiram alunos relapsos e problemáticos, mas os professores tinham autoridade e impunham-se. É conflitante discutir-se imposição nos nossos dias, principalmente no âmbito educativo, mas é o que existe também nos dias de hoje. Os alunos das escolas particulares têm um melhor desempenho devido a consciência que é construída nos mesmos de forma impositiva, pelos pais, pela escola, pela sociedade, e isso deixa de ser visto como imposição porque eles aceitam com naturalidade, porque é construído nesses alunos a responsabilidade do investimento e a correlação com a perca do mesmo. Há um descaso do professor com o aluno do ensino supletivo, pois entende-se que esse aluno foi o aluno que no passado não quis nada com a escola, ou que tenha sido um aluno problema, e que a necessidade do certificado, pela imposição do emprego é que o tenha levado hoje à escola, o que é um erro. Em entrevistas com os alunos do EJA pude constatar que a maioria deles, não concluíram os estudos devido a inacessibilidade ou devido a urgência em trabalhar. Atitudes governamentais hoje, propiciam aos jovens maiores possibilidade com relação a essa acessibilidade educativa, não se alcançou ainda o ideal, mas em muito se melhorou as condições e se facilitou o acesso as escolas e universidades. Na minha juventude apenas os filhos dos senhores ricos (fortes comerciantes, doutores, latifundiários,etc.) é que conseguiam acessar o ensino superior. Lembro que meu amigo de infância Jeová (Vavazinho), que pelos sonhos dos seus pais tinha que aprender um oficio (profissão), foi por sua família enviado para estudar em Jequitibá, uma escola Católica que existia ou existe ainda no interior da Bahia, e nos vimos por mais duas ou três vezes ainda, e perdemos o contato. O professorado da minha infância tinha um sentimento maior de compromisso com os alunos, com a formação dos mesmos, sonhavam em ver um aluno que tivesse passado por sua mão acessar o ensino superior. Há pouco, antes de fazer o CPA, tive que efetuar uma pesquisa para levantar os dados de minha passagem pela Escola Paroquial na década de 70, e somente fui conseguir localiza-los quando já havia sido aprovado no vestibular, quando em contato com os professores que localizei em Capim Grosso – BA, a professora Valdetina chorou quando soube de minha aprovação, e me falou que nunca é tarde (referindo-se a minha idade) para que se consiga acesso ao ensino superior, e falou de como realizara seu sonho, e de quanto ficava feliz sempre que tomava conhecimento de que um aluno seu conseguira acessar o ensino superior. O conflitante, é que Ela nunca ganhou um bom salário, nunca teve condições de desenvolver um bom trabalho se pensar-mos nas condições de ensino que eram colocadas aos docentes na época.
Estudamos e aprendemos que educar é um ato amoroso, entendemos a necessidade avaliativa no acompanhamento do desenvolvimento do aluno (Lukcesi, Cipriano – 1999), a avaliação da aprendizagem se torna importante quando o docente tem consciência de formar o sujeito, crítico, técnico e necessário à continuidade do propiciamento adequado no processo de qualificação de cidadãos ciosos dos seus direitos e deveres, entendedores que, o seu direito termina onde começa o do outro e vice-versa. È importante educar-se com seriedade e destreza, com o cuidado em formar sujeitos que preocupados com o bem estar de sua prole, para que não mais aumentem os índices de criminalidade que assolam o país. Criar com cuidado os filhos, em detrimento da classe social ou berço, educar para a vida, é preparar o cidadão que sabe amar o próximo, o cidadão que vê a miséria e preocupa-se com a falta de oportunidade que a humanidade tanto anseia. Países que foram destruídos após a segunda grande guerra, foram reconstruídos com investimentos maciços em educação, em processos que duraram por não menos que duas décadas, e hoje esses mesmos países são detentores de grande desenvolvimento, e propiciam ótima qualidade de vida a suas populações ( Japão, Itália, República Checa, Iugoslávia, Alemanha, etc.) com baixos índices de criminalidade, boa educação, boa qualidade de vida, e isso evidencia que, a melhor forma de propiciar melhoras a um povo é educando esse povo. Já existe hoje em nosso País, uma forte corrente de teóricos, sociólogos, políticos, estudantes, e cidadãos que exercem atividades das mais variadas, que acreditam nisso, e defendem a implementação do Educacionismo na nossa federação, como única forma de acelerar e efetivamente levar o nosso povo ao livre exercício da cidadania, onde se defende escolas igualitárias com os mesmos propiciamentos a ricos e pobres. Há ainda muita desconfiança em torno da proposta, pois a mesma partiu da ideologia do Senador da República, Cristóvão Buarque, e muitos vêm nessa atitude, uma forma de autopromoção, pois é da sapiência de todos que o mesmo Senador tenciona e almeja a Presidência da República. O que devemos pensar é: Não foi isso feito nos países que foram destruídos pela guerra?... Não foram tão radicais à termo de formarem escolas igualitárias, mas tiveram a coragem de investir fortemente em educação, e assumir que essa seria a melhor forma de reconstrução dos seus países, educando seu povo e ensinando-os a trabalhar com seriedade e consciência, participando assim efetivamente da reconstrução de pátrias semi-destruídas.
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